O Governo do Chile anunciou esta segunda-feira que vai repatriar mais de 200 chilenos que vivem em Caracas em situação de “vulnerabilidade” devido à crise político-económica e social que afeta a Venezuela.

“O Ministério de Relações Exteriores [MREC] ajudará um grupo importante de chilenos que necessita de regressar desde a Venezuela. Devido às graves dificuldades que enfrentam para viver aí querem voltar ao nosso país e vamos ajudá-los a regressar ao Chile”, explica um comunicado.

No documento, o MREC explica que o repatriamento terá lugar “entre a terceira e quarta semana de novembro” e que o ministro de Relações Exteriores, Roberto Ampuero, confirmou que um avião da Força Aérea chilena “viajará até ao Haiti”, no marco do programa “Plano de Retorno Humanitário”, para “transportar os chilenos radicados na Venezuela que pediram para regressar ao Chile, perante a complexa crise humanitária” venezuelana.

Segundo a nota, as autoridades chilenas têm recebido, através dos consulados, “pedidos de chilenos que residem no estrangeiro e que se encontram em situação de vulnerabilidade extrema”. “Os requisitos para regressar ao Chile são não ter recursos para regressar por conta própria, ter vontade de regressar e que a família ou alguém próximo, no Chile, se comprometa a apoiá-los ao instalar-se no território nacional após o regresso”, explica.

O comunicado precisa que este ano 75 chilenos receberam ajuda para voltar ao seu país e que “atualmente há mais de 200 pedidos de compatriotas que querem regressar”. “A situação na Venezuela, é especial (…) a grave crise humanitária fez disparar a quantidade de pedidos de chilenos que querem regressar”, precisa.

Segundo o ministro Roberto Ampuero, o uso de um avião militar no “Plano de Retorno Humanitário é uma grande oportunidade” para repatriar um grupo grande de chilenos de uma só vez e “reduz os custos que teriam significado repatriar mais de 200 chilenos de maneira individual, um a um”.

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