No mês em que lançou os passes sociais mas foi pressionado pelas revelações do “familygate”, o PS teve uma queda significativa nas intenções de voto, a julgar pelo barómetro da Aximage relativo a abril. Com a queda do PS e a subida acentuada do PSD, a distância entre os dois maiores partidos encurtou-se em cinco pontos percentuais — é preciso recuar dois anos e meio para encontrar PS e PSD tão próximos nas sondagens.

O barómetro da Aximage, publicado pelo Correio da Manhã e Jornal de Negócios, aponta para uma queda de 1,7 pontos percentuais no PS, para 34,6%, e uma subida de 3,4 pontos do PSD, para 27,3%.

O estreitamento da diferença entre os dois maiores partidos coincide com o mês em que foram escritas várias notícias acerca das relações familiares no executivo liderado por António Costa, algo que parece ter ofuscado o impacto potencialmente positivo da introdução dos passes únicos nos transportes públicos — uma medida que a oposição considerou “eleitoralista”.

Os maridos, a mulher, o filho e a nora. Mais cinco relações na grande família socialista

O PS tem registado uma tendência de queda nas sondagens desde setembro, quando as intenções de voto em António Costa apontavam para valores na ordem dos 40%. Do outro lado, está o PSD, que teve um aumento mensal inédito nesta legislatura e também tem protagonizado uma subida acentuada — 10 pontos percentuais em dois meses — nas sondagens com vista às eleições europeias de maio.

Rui Rio deixou, também, o lugar de líder político menos bem visto pelos eleitores. Em janeiro, a popularidade de Rui Rio estava em 6,4 pontos (em 20) mas o último barómetro já o coloca em 8,3 valores, ultrapassando Assunção Cristas e Jerónimo de Sousa. António Costa tem 9,4 pontos e Catarina Martins 8,9 pontos. Já Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, tinha uma “nota” de 18,3 valores há um ano — nesta última leitura, relativa a abril, caiu para os 15 valores.

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