O encerramento rotativo de maternidades de todo o país no verão por falta de especialistas está a assustar a Ordem dos Médicos e, para o bastonário, uma “situação excecional” requer uma “medida excecional”. Assim, Miguel Guimarães propõe ao Estado contratar médicos e pagar à hora o mesmo valor oferecido pelos privados.

A informação é avançada pelo Jornal de Notícias desta terça-feira. Miguel Guimarães afirma que o Estado tem condições para competir com os valores pagos à hora pelos privados aos obstetras nas férias. A igualdade de pagamento entre públicos e privados seria então uma medida “excecional” para “depois se resolver o problema a sério”, explica.

Em declarações à SIC, o bastonário frisa que a falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde é “um problema crónico”.

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Miguel Guimarães vai reunir esta terça-feira com vários diretores clínicos e dos serviços de maternidade. O bastonário da Ordem dos Médicos diz que os encerramentos provocaram “uma grande confusão” e o objetivo das reuniões é, ainda de acordo com o mesmo jornal, avaliar as necessidades e perceber o próximo passo do Governo face à situação.

Vários hospitais do país já afirmaram que não têm recursos humanos para manter abertos os serviços de obstetrícia durante o verão. Em Lisboa, os serviços da Maternidade Alfredo da Costa, do Hospital de Santa Maria, do Hospital São Francisco Xavier e do Hospital Amadora-Sintra têm falta de médicos. Também os responsáveis pelas maternidades da zona Norte do país  manifestaram as mesmas preocupações.

A solução encontrada pelo Governo foi encerrar rotativamente um dos serviços no verão, mantendo os outros em funcionamento. Face ao “alarme social”, a ministra da Saúde veio garantir novamente na segunda-feira que nenhuma maternidade do país vai encerrar por falta de ginecologistas/obstetras. “Já disse isso. Não vai haver encerramento de maternidades por falta de ginecologistas/obstetras”, frisou Marta Temido.

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