Com mais de 13 mil denúncias e queixas judiciais depois, a Justiça norte-americana está a investigar uma série de documentos que tem em mãos para perceber se a Johnson & Johnson conhecia os riscos para a saúde do seu famoso pó de talco e se mentiu aos consumidores sobre isso. As queixas são de consumidores que sofreram de cancro e que acusam a marca de a sua condição de saúde ter sido consequência do uso do pó de talco.

O caso está a ser analisado por um júri de Washington depois de várias investigações, incluindo uma da agência Reuters em 2018, concluírem que administradores, médicos e juristas da empresa sabiam da existências de vestígios de amianto (uma substância cancerígena) no pó de talco, e não o terem divulgado, refere a Bloomberg.

A Johnson & Johnson esclareceu, em comunicado, que “está a cooperar totalmente” com a investigação em curso lembrando que o pó de talco para bebé produzido pela empresa não “contém amianto nem causa cancro”, conforme têm mostrado os “testes de segurança que são feitos há décadas”. No entanto, a Justiça americana tem em mãos memorandos internos, dos anos de 1960 e 1970, que mostram como especialistas da Johnson & Johnson alertaram para a presença de amianto no pó de talco, representando “um grave perigo para a saúde”.

O Departamento de Justiça norte-americano, que investiga possíveis responsabilidades criminais, não fala sobre o processo.

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