“Apenas visitar o site era o suficiente para o servidor afetados atacar o dispositivo [iPhone] e, se fosse bem sucedido, instalar um mecanismo de monitorização”, conta Ian Beer, investigador de segurança informática no Project Zero. A equipa deste projeto da Google afirma que encontrou várias falhas de segurança que podem ter afetado milhares de utilizadores de iPhone, os smartphones da Apple.

Os hackers (piratas informáticos) utilizaram esta falha dos dispositivos da empresa liderada por Tim Cook “por um período de dois anos”. Os atacantes aproveitaram-se de falhas no browser da Apple, o Safari, e outras do próprio dispositivo. Segundo a informação revelada, podem ter instalado programas nos iPhone a que conseguiram ter acesso.

A equipa da Google do Project Zero diz que estes erros foram usados para roubar dados como fotografias, mensagens e informação de geolocalização. A falha permitia, ainda, ter acesso a informação bancária dos utilizadores se estes a tivessem no telemóvel.

A Apple ainda não se pronunciou sobre este problema revelado pela concorrente. Contudo, segundo a Google, apenas numa atualização em fevereiro do sistema operativo do iPhone, o iOS, é que foi colmatada. A Google avisou a Apple do problema nessa altura e, passado uma semana, saiu a atualização. Por questões de segurança, a Google, que apenas esta quinta-feira revelou esta situação, não diz quais os sites utilizados pelos piratas informáticos.

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Recentemente, a Apple mudou o programa para incentivar que quem encontre este tipo de falhas avise a empresa e diz que oferece até um milhão de dólares para quem a ajudar depois de ter de resolver problemas devido a falhas que comprometem a privacidade do sistema. Em janeiro, a empresa teve de atualizar o iOS porque um erro no Facetime permitia que qualquer pessoa pudesse ouvir conversas de um iPhone de outro utilizador.

“Caça às falhas”: Apple paga 1 milhão de dólares a hackers que encontrem vulnerabilidades