Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • A cobertura ao minuto da noite eleitoral de Espanha do Observador fica por aqui. Obrigada por ter estado connosco!

  • Os vencedores e os vencidos da noite em que o bloqueio não desapareceu

    Numa noite recheada de intervenções de muitos partidos, o Observador Os vencedores e os vencidos da noite em que o bloqueio não desapareceude quem ganhou e de quem perdeu no balanço final.

    Os vencedores e os vencidos da noite em que o bloqueio não desapareceu

  • Os 17 partidos que conseguiram lugar no Parlamento mais fragmentado de sempre

    Com 17 partidos representados, este é o parlamento mais fragmentado de sempre na história da democracia. Conheça aqui cada um dos partidos que conseguiram eleger deputados para o Congresso espanhol neste domingo.

    Espanha. Estes são os 17 partidos que conseguiram lugar no Parlamento mais fragmentado de sempre

  • Calculadora de coligações. Como se pode desbloquear Espanha?

    O objetivo era desbloquear o país e facilitar a governação, mas a noite eleitoral não correu bem a Pedro Sánchez. As contas estão agora ainda mais complicadas do que já estavam antes das eleições. Veja aqui quais são as maiorias parlamentares possíveis (e quais as impossíveis).

    Calculadora de coligações. Como se pode desbloquear Espanha?

  • Carles Puigdemont: "Hoje o independentismo também está mais forte"

    O líder independentista catalão Carles Puigdemont reagiu aos resultados a partir da Bélgica. “Hoje o independentismo também está mais forte”, afirmou o membro do Juntos Pela Catalunha.

    “Os objetivos a que se propõe o senhor Sánchez ao convocar eleições fracassaram”, acrescentou. “Pensam ouvir ou continuar a ceder à ultra-direita e às atitudes autoritárias?”, desafiou.

  • Pedro Sánchez faz um apelo "a todos os partidos políticos" (exceto os que "se centram no discurso do ódio") para conversar

    O líder do PSOE, Pedro Sánchez, já fala.

    “O Partido Socialista ganhou pela terceira vez este ano as eleições”, começa, referindo-se a duas eleições legislativas e às autonómicas. “Ganhámos as eleições. O nosso plano não é continuar a vencer eleições, é formar um governo estável e fazer política.”

    De seguida, Sánchez faz um apelo “a todos os partidos políticos” para ajudar a desbloquear a situação política em Espanha. “A democracia convocou-nos hoje às urnas e irá convocar-nos a partir de amanhã para que haja um governo progressista liderado pelo Partido Socialista”, acrescenta.

    “Generosidade” e “responsabilidade” é o que Sánchez garante que irá ter, sublinhando que quer um governo progressista. Sánchez diz estar disposto para falar com todos os partidos, “exceto aqueles que se auto-excluem da convivência e se centram no discurso do ódio e da anti-democracia”.

  • Pablo Casado: "Vamos ser muito exigentes. Mas Espanha não pode continuar bloqueada"

    “Demonstrámos que este partido, como sempre, esteve à altura das circunstâncias”, começa por abrir o líder do Partido Popular, preparando-se para um discurso a clamar vitória. “Hoje o Partido Popular teve um bom resultado eleitoral, Espanha teve um mau resultado para a sua governabilidade e para o seu futuro”. Para além disso, acrescentou, o PP é “uma alternativa às esquerdas”. “Este partido renasce sempre”, acrescentou Casado.

    “Sánchez perdeu o seu referendo. Fracassou. É o grande derrotado de hoje. Perdeu três lugares. Convocou eleições para conseguir mais governabilidade e agora está mais difícil”, acusou Casado. “O Partido Socialista devia pensar e falar sobre o seu futuro.”

    Casado apontou depois para a moderação que diz caracterizar o partido, dizendo que o PP é um partido “do centro”. E fez um discurso que pode apontar para a negociação com o PSOE: “Vamos ser muito exigentes. Mas Espanha não pode continuar bloqueada.”

    “Somos o único partido de centro-direita que pode liderar este país. Sánchez tem a bola do seu lado. Aquilo que tentou ao forçar eleições ficou mais difícil. E Espanha não pode ficar refém.” E rematou: “Este partido, o Partido Popular, voltará a liderar os destinos de Espanha muito em breve.”

  • CUP: "Vamos a Madrid fazer uma emenda ao regime"

    A CUP, o partido independentista catalão mais radical, também já reagiu à votação desta noite — que, para o partido, foi histórica, já que a CUP entrou pela primeira vez no Congresso dos Deputados. “Vamos a Madrid fazer uma emenda ao regime. Obrigada por o terem tornado possível”, declarou Mireia Vehí, do partido.

  • António Costa felicita Pedro Sánchez pela vitória dos socialistas nas legislativas espanholas

    O primeiro-ministro António Costa felicitou este domingo o seu homólogo espanhol, Pedro Sánchez, pela vitória dos socialistas do PSOE nas eleições gerais de Espanha, disse à agência Lusa fonte do executivo português.

    A mesma fonte adiantou que António Costa transmitiu a mensagem de felicitações ao primeiro-ministro de Espanha e líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, numa breve conversa telefónica.

    Com cerca de 95% dos votos escrutinados, o PSOE lidera a contagem com cerca de 28% dos votos, correspondentes a 120 deputados eleitos, estando em segundo lugar os conservadores do Partido Popular (PP) com 88 lugares e em terceiro o partido de extrema-direita Vox com 52 lugares.

    A coligação de extrema-esquerda Unidas Podemos elegeu até agora 35 deputados e o Ciudadanos obtém apenas 10 lugares.

    Com estes resultados, o bloco dos partidos de esquerda (PSOE, Unidas Podemos e Mais País) totaliza 158, enquanto o bloco de direita (PP, Vox e Cidadãos) alcança 150 lugares. A participação eleitoral é de 69,96%.

    Nas eleições de 28 de abril, os socialistas do PSOE tiveram 28,7% dos votos, seguidos pelo PP com 16,7%, o Cidadãos (direita liberal) com 15,9%, o Unidas Podemos (extrema-esquerda) com 14,3% e o Vox (extrema-direita) com 10,3%.

    As eleições de hoje foram convocadas em setembro pelo Rei de Espanha, depois de constatar que o primeiro-ministro socialista em funções, Pedro Sánchez, não conseguiu reunir os apoios suficientes para voltar a ser investido no lugar na sequência das eleições de abril.

    Agência Lusa

  • Albert Rivera assume derrota e propõe congresso extraordinário do partido

    Fala agora o líder do Ciudadanos, Albert Rivera.

    “Como democrata, quero felicitar os vencedores da eleição: o PSOE. Os espanhóis querem que os socialistas renovem o mandato eleitoral, portanto tenho de o felicitar. Os espanhóis quiseram mais Sánchez. Mas também quiseram mais Vox e menos moderação política”, começou por enunciar.

    “Não quero fazer o que já vi outros líderes políticos fazerem”, diz Rivera, dando como exemplo o caso de Pablo Casado do PP na eleição anterior. “Tivemos um mau resultado, sem paliativos nem desculpas.” E, por isso, assumiu que pretende convocar um congresso extraordinário do partido: “Um líder político tem de assumir desde o primeiro minuto que os êxitos são de todos e as derrotas são dos líderes”, disse, acrescentando que no dia seguinte irá reunir o comité executivo nacional para propor “um congresso extraordinário”.

    “Não me meti na política para ter um lugar. Fi-lo porque amo Espanha”, garantiu o líder dos Ciudadanos.

  • Íñigo Errejón disponível para "ajudar": "Temos de assumir a responsabilidade de formar um governo progressista"

    Íñigo Errejón, o ex-porta-voz do Podemos que saiu em discórdia com Pablo Iglesias para formar um novo partido, é outro dos vencedores da noite. O seu partido, o Más País, conseguiu entrar no parlamento com três deputados. Foi aos quase 600 mil espanhóis que votaram no partido que Errejón começou por agradecer no discurso que fez há minutos a partir da sede de campanha, depois de assegurar que o partido entrou no parlamento “para ajudar”.

    Lançou também um aviso: “Não se podem repetir eleições. Não podemos ir a terceiras eleições. Esta repetição eleitoral é um aviso do que pode acontecer se os interesses particulares continuam a anteceder-se aos interesses do país e do povo espanhol. Um retrocesso democrático que a maioria do nosso país não quer”.

    E deixou farpas à extrema-direita e aos independentistas: “É possível que alguns agitem a bandeira do nosso país como uma bandeira de ódio, de divisão, de confronto entre os povos de Espanha”. “Mas Espanha não é isso. É um país moderno que quer avançar no reconhecimento de direitos e liberdades, numa revolução verdadeira da nossa economia com justiça social.”

    Mais do que disponível para participar num governo de coligação, Errejón afirmou-se comprometido com esse trabalho. “Temos de assumir a responsabilidade de formar um governo progressista e evitar terceiras eleições”, disse, para depois acrescentar: “É preciso construir desde já amanhã sem mais demoras um governo progressista”.

  • Santiago Abascal: "Os insultos e os estigmas não nos vão travar"

    O líder do Vox reage perante a multidão que se juntou perto da sede do partido para o ouvir. “Boas-noites, Espanha!”, começa por dizer.

    “Quero deixar uma promessa aos que votaram em nós: não os defraudaremos”, diz Santiago Abascal, que reforça como “há 11 meses” o partido ainda não tinha representação. “Somos a terceira força política de Espanha, temos 52 deputados”. A multidão grita “presidente, presidente!” ao que Abascal responde “ainda não”, com um sorriso.

    “Não só redesenhámos o mapa político de Espanha em 11 meses, como fizemos uma mudança política e cultural”, acrescenta, dizendo que o Vox tem “o mesmo direito que a esquerda de dizer o que pensa”, sem serem “insultados nos meios de comunicação”. “O Congresso hoje tem uma representação mais fidedigna do que pensa o povo espanhol.”

    Abascal passou depois a elencar todos os locais onde o Vox elegeu, com a multidão a festejar particularmente os dois eleitos por Barcelona, na Catalunha. “Aos que não ouviram a sua província por não ter sido aí eleito nenhum deputado do Vox, nada temam: têm não apenas um, mas 52 deputados a representar-vos”, afirma.

    “Foi consolidada uma alternativa patriótica que pede a alteração constitucional na Catalunha, sublinhando a unidade em todo o território nacional”, pede o líder do partido. De seguida, enumera ainda como objetivos o combate à “ditadura progre” e à “imigração ilegal”. “Há milhões de espanhóis que precisam de alternativas do Estado.”

    “Estendemos a mão aos milhões de espanhóis que têm votado na esquerda para lhes dizer que a alternativa patriótica do Vox também serve para eles”, garante Abascal, passando depois a mencionar as “perseguições” e “insultos” a que diz que o seu partido tem sido sujeito. “Os insultos e os estigmas não nos vão travar”, assegurou.

    Abascal quis depois por agua na fervura, dizendo que vem por aí “incerteza”: “Há incerteza sobre qual a resposta que o governo vai dar na Catalunha aos golpistas”, aponta, como exemplo principal. “Há preocupação com a governabilidade de Espanha e com a vitória do Partido Socialista. Apesar da celebração de hoje, temos de trabalhar a partir de amanhã.”

  • Pablo Iglesias para Pedro Sánchez. "Estamos disposto a negociar já a partir de amanhã um governo de coligação"

    Ainda na sede do Unidas Podemos, Pablo Iglesias insiste que um governo de coligação à esquerda á uma necessidade histórica e sublinha que quer coligar-se com o PSOE para elaborar um programa de Governo “sob os artigos sociais da Constituição Espanhola”.

    “A nossa proposta ao Partido Socialista para negociar um governo de coligação são os artigos sociais da Constituição espanhola que podem constituir o melhor instrumento para garantir o estado de bem estar, direitos civis e os direitos sociais no nosso país e construir um governo que trave o avanço da extrema-direita, a consequência mais grave e mais preocupante destas eleições”, afirmou Iglesias.

    “Voltamos a estender a mão ao Partido Socialista e a Pedro Sánchez, apelamos à sua responsabilidade para que se sentem connosco, para que respeitem um resultado a que os espanhóis voltaram a dar o seu apoio, a uma pluralidade de opções políticas que impedem que alguém possa pretender ter todo o poder de um governo, os cidadãos votaram de forma diferente e por isso para formar um governo há que negociar e partilhar responsabilidades. Sob os artigos sociais da Constituição Espanhola, estamos dispostos a negociar já a partir de amanhã um governo de coligação, em que cada força política esteja representada exclusivamente na proporção dos votos e apoios eleitorais que teve”, rematou o líder do Unidas Podemos.

  • ¡Teruel Existe!: "Sabemos que falta muito trabalho, mas o mais difícil era dar este salto de gigante"

    Tomás Guitarte, candidato do ¡Teruel Existe!, que deverá conseguir eleger um deputado para o Parlamento, referiu que este “foi um salto de gigante”. “Consegumos dar a volta e agora só vamos para cima”. “A cidadania decidiu tomar ação, porque a política tradicional não o fazia”, acrescentou Tomás Guitarte.

    “Sabemos que falta muito trabalho, mas o mais difícil era dar este salto de gigante”, sublinhou o candidato do ¡Teruel Existe!.

  • Pablo Iglesias. "Estas eleições serviram para termos uma extrema-direita das mais poderosas e fortes da Europa"

    O líder do Unidas Podemos, Pablo Iglesias, foi um dos primeiros líderes nacionais a aparecer em público para reagir aos resultados definitivos que já vão surgindo, lamentando o crescimento da extrema-direita e lançando novamente o apelo a Pedro Sánchez para um governo de coligação.

    “A esta hora já se pode dizer que aquilo para que estas eleições serviram foi para a direita se reforçar e para termos uma extrema-direita das mais poderosas e fortes da Europa. Creio que não minto se digo que se dorme pior com mais de 50 deputados da extrema-direita do que com ministros e ministros de Unidas Podemos no Governo”, afirmou.

    “O que depois das eleições de abril era uma oportunidade histórica, que era formar um governo de coligação progressista, depois destas eleições de 10 de novembro é uma necessidade histórica. A única maneira de travar a extrema-direita em Espanha é com um governo que tenha estabilidade parlamentar suficiente, que se apoie em grupos suficientes para ter a estabilidade que requer o nosso país e que garanta as políticas sociais que são imprescindíveis para travar a onda da extrema-direita”, acrescentou.

  • ERC diz que catalães responderam à sentença dos independentistas com votos

    Gabriel Rufián, deputado da ERC, reage agora os resultados desta noite, destacando os melhores resultados face ao PP, ao PSOE, ao Ciudadanos e ao Vox que, acusa, “sentenciaram o 14 de outubro da única forma que sabem: com repressão” — uma referência à sentença aos líderes independentistas. “O independentismo catalão hoje sentenciou como nunca o que fizeram, da única forma que sabem”, acrescentou.

    Rufián destacou também os bons resultados de outras forças políticas independentistas, incluindo dentro e fora da Catalunha, a quem chamou de “companheiros de viagem”.

  • Com 90% dos votos contados, o cenário não mudou:

    PSOE: 28%
    PP: 20%
    Vox: 15%
    Podemos: 9%
    Ciudadanos: 6%

    Curiosamente, os partidos independentistas também sobem, a manter-se esta tendência, com a ERC e o Juntos pela Catalunha a manterem uma votação semelhante a abril (3 e 2%, respetivamente), ligeiras subidas dos bascos do PNV e do Bildu (1,7% e 1,2%) e com as entradas da CUP (1%) e do Bloco Nacionalista Galego (0,5%).

  • 85% dos votos escrutinados

    Com 85% dos votos contados, o cenário continua semelhante.

    PSOE: 28%
    PP: 20%
    Vox: 15%
    Podemos: 9%
    Ciudadanos: 6%

  • Salvini e Le Pen felicitam Vox

    Matteo Salvini, líder da Liga italiana, acabou de felicitar no Twitter os “amigos do Vox” e destaca a vitória sobre os que falam em “extrema-direita” e “racismo”.

    “Mas qual racismo e fascismo, em Itália como em Espanha queremos apenas viver tranquilos na nossa casa”, acrescenta.

    Também Marine Le Pen, em França, felicitou o Vox pela sua “progressão fulgurante”.

  • Entretanto, quer Santiago Abascal do Vox, quer Pedro Sánchez do PSOE já estão nas respetivas sedes de partido. Esperamos para ver se discursam em breve ou se ainda demorarão.

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