Republicanos e democratas falharam um acordo no Congresso e Trump avançou com vários decretos que compõem o novo plano de ajuda económica. Mas o plano está longe de conseguir também qualquer consenso. Num dos pontos chave, sobre o o subsídio adicional de desemprego — que já tinha expirado no final de julho — Trump promulgou agora a descida dos 600 dólares por semana (cerca de 507 euros) para os 400 dólares (cerca de 340 euros).

Trata-se de um subsídio extra atribuído aos norte-americanos que já recebiam subsídio de desemprego, cujo valor total será suportado em 75% pela administração federal, cabendo aos estados asseugrar o pagamento dos restantes 25%.

Donald Trump falou aos jornalistas a partir do resort de golfe em Bedminster, em Nova Jersey, e culpou os objetivos democratas da “extrema esquerda” pelo falhanço das negociações no Congresso. Os democratas pretendiam que o subsídio extra se fixasse nos 600 dólares, algo que Trump rejeitou, mas que os democratas ponderam agora levar a tribunal. Recorde-se que, nos Estados Unidos, é ao Congresso que cabe tomar decisões sobre as despesas federais, algo que Trump ignorou.

Mas há mais, o presidente norte-americano suspendeu até ao final do ano os cortes nos impostos para quem ganha menos de 84,6 mil euros por ano, prometendo que caso vença as eleições o corte neste imposto específico irá continuar.

Em relação aos créditos, o novo plano de ajuda económica prolonga ainda a moratória aos inquilinos que podem ser despejados e adiou também o reembolso dos empréstimos para educação, muito comuns nos Estados Unidos.

Numa conferência de imprensa com pouco espaço para questões dos jornalistas, Trump teve ainda tempo para considerar que a redução do subsídio extra para os desempregados de 200 dólares é “um incentivo à procura de trabalho”. “Houve uma dificuldade com os 600 dólares, estavam a ser realmente um problema”, disse o presidente norte-americano.

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