Os médicos estão a recusar integrarem as Brigadas de Intervenção Rápida que vão dar apoio aos lares de idosos afetados por surtos de Covid-19.

A notícia é avançada pelo semanário Expresso, este sábado.

Brigadas com 400 profissionais vão apoiar lares afetados por surtos

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Os 20 especialistas ou internos de Medicina Geral e Familiar, que deveriam integrar estas equipas nos 18 distritos do país, falam em falta de condições e em responsabilidade a mais. A alternativa apresentada pelos médicos, segundo o diretor de operações da Cruz Vermelha Portuguesa — que está a preparar estas equipas —, tem sido estarem de prevenção.

Das 400 pessoas que irão integrar estas equipas, que deverão ir para o terreno no final deste mês, já foram contratados 275 ajudantes e auxiliares e estão a decorrer negociações com 85 enfermeiros e 20 psicólogos. Até ao momento, segundo o semanário, nenhum médico foi contratado.

Ainda esta quarta-feira, durante uma audição conjunta entre a ministra da Saúde e a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, no Parlamento, a ministra da Saúde adiantou que foi determinada uma auditoria da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) para analisar a questão da recusa dos médicos em irem trabalhar para lares de idosos.

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Em julho, o Observador avançou que os médicos hospitalares se recusaram a reforçar a equipa que iria dar apoio ao lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, em Reguengos de Monsaraz, cujo surto de Covid-19 fez 18 vítimas mortais. A notícia não foi desmentida durante semanas, até estalar a polémica com o primeiro-ministro.

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Já em agosto, o Presidente da União das Misericórdia Portuguesas acusou os médicos do centro de saúde do Barreiro de se recusarem a prestar assistência a um lar.

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