O superdesportivo norte-americano SSC Tuatara conquistou o seu lugar na história ao ser o primeiro modelo de produção da história a homologar uma velocidade máxima acima de 500 km/h. Sabe-se agora que lhe pertence o novo recorde mundial, depois de ter atingido uma velocidade média de 508,73 km/h (316,11 mph) na mesma estrada do Nevada, nos Estados Unidos da América, onde há alguns anos a Koenigsegg conseguiu bater o recorde de velocidade anterior com o Agera RS.

Koenigsegg Agera RS deitou abaixo cinco recordes

Feito inteiramente em carbono e equipado um V8 biturbo de 5,9 litros que fornece 1775 cv quando movido a etanol (um combustível denominado E85, composto por 85% de etanol e 15% de gasolina) e 1370 cv com gasolina de 91 octanas, o SSC Tuatara reconquista um título que já pertenceu à Shelby SuperCars com o Ultimate Aero. O recorde que este estabeleceu em 2007 (412 km/h) só durou enquanto o Bugatti Veyron Super Sport não se apresentou na luta pelo recorde, que passou a deter em 2010.

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Agora, 13 anos depois de o Ultimate Aero ter colocado a companhia fundada em 1998 por Jerod Shelby nas bocas do mundo, o SSC Tuatara impõe-se como seu digno sucessor ao imiscuir-se numa “guerra” de velocidade máxima que, nos últimos tempos, tem tido Bugatti e Koenigsegg como protagonistas.

Bugatti bate Koenigsegg com novo recorde: 490 km/h

Recorde-se que a respeitada Koenigsegg chamou a si o título de recordista mundial em 2017. Na altura, o Agera RS rodou na Route 160 a uma média de 447 km/h, atingindo 457,94 km/h de velocidade máxima na via pública, valor esse que viria depois a ser batido pelo Bugatti Chiron Super Sport 300+ no circuito Ehra-Lessien, em 2019.

A marca dos franceses (490km/h) foi devidamente certificada pela TUV, a inspecção técnica alemã, mas o recorde não foi oficializado. Para tal, entre outros requisitos, é necessário que a tentativa de recorde se faça numa via pública, com um veículo de produção em série (a SCC diz estar a produzir 100 Tuatara), com pneus e combustível “normais” e não de corrida. Faz-se o percurso nas duas direcções, apurando-se o resultado final depois de calculada a média das duas passagens.

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E se a média do SSC Tuatara impressiona, o que dizer dos 532,93 km/h (331,15 mph) que o SSC Tuatara alcançou na segunda passagem… Números destes fazem parecer pequeno o superlativo Chiron, com a “agravante” que o piloto de serviço, Oliver Webb, considera que o superdesportivo norte-americano ainda podia levar mais longe a agulha do velocímetro, não tivesse sido a performance do carro limitada pelos ventos laterais.

Além de reclamar o título de veículo de produção em série mais rápido do mundo, com esta façanha a SSC estabeleceu outros três recordes: a milha mais rápida na via pública a 313,13 mph (503,92 km/h); o quilómetro mais rápido na via pública a 517,16 km/h (321,35 mph) e maior velocidade máxima jamais registada na via pública (os tais 532,93 km/h).

Resta saber quão rápida vai ser a Koenigsegg a reagir, pois a Bugatti já disse não estar interessada em levantar “voo” acima dos 500 km/h. Até lá, veja como o SSC Tuatara fez história: