Os trabalhadores da restauração, hotelaria e similares irão juntar-se num protesto, em Lisboa, no próximo dia 10 de dezembro, garantido que são os “mais afetados” pela pandemia, segundo um comunicado da Fesaht.

Na nota, a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht) disse que os “trabalhadores dos hotéis, restaurantes, cafés, pastelarias e similares têm sido os mais afetados pela pandemia e tudo indica que continuarão a sê-lo ainda por um largo período”.

De acordo com a organização, “desde o início da pandemia que milhares de trabalhadores deixaram de receber o seu salário, viram os seus direitos serem postos em causa e os rendimentos mensais reduzidos drasticamente, incluindo o direito a tomar as suas refeições em espécie”.

A Fesaht acredita que é “tempo de o Governo apoiar os trabalhadores diretamente”, garantindo que “as vítimas são os trabalhadores e não aqueles que tiveram elevados proveitos durante muitos anos à custa do aumento exponencial do turismo, de dormidas, receitas e da exploração de quem trabalha”.

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A organização diz ainda que “não acompanha os protestos dos patrões da restauração, bebidas e alojamento que reclamam apoios do Governo”, assegurando que “estes apoios não revertem para manter o emprego, os direitos e os salários dos trabalhadores”.

Além disso, a organização entende que “as restrições dos horários de funcionamento dos estabelecimentos não são compreensíveis e põem em causa os direitos dos trabalhadores” exigindo que se mantenham “abertos com regras de segurança, saúde e bem-estar”.

Assim, a Fesaht promove uma concentração nacional de protesto, dia 10 de dezembro, pelas 11h00, no Ministério do Trabalho, na Praça de Londres, em Lisboa, para exigir medidas de apoio aos trabalhadores da restauração, bebidas e alojamento”, segundo a mesma nota.