A entidade que regula os destinos da F1, a Federação Internacional do Automóvel (FIA), anunciou que não só desenvolveu gasolina 100% sustentável e neutra em carbono, produzida sem recurso a derivados do petróleo, como enviou os primeiros barris do novo combustível para as equipas de F1 que possuem motores próprios, ou seja, a Ferrari, Mercedes e Renault.

Jean Todt, o presidente da FIA, defende que a organização que dirige “assume a responsabilidade em liderar a competição motorizada rumo a um futuro com emissões de carbono mais reduzidas, para reduzir o impacto ambiental e contribuir para um planeta mais verde”. Todt salienta ainda que “a nova gasolina sustentável, produzida a partir de bio-resíduos e capaz de alimentar um motor de F1, prova que estamos a dar mais um significativo passo em frente”. E não é o primeiro, pois foi igualmente a FIA que impôs os motores híbridos na F1, em final de 2013.

Fabricada a partir de bio-resíduos, ou seja, sem recurso a derivados de petróleo, esta gasolina sustentável é produzida a partir de restos biodegradáveis de jardins e florestas, bem como lixo oriundo de restaurantes, mercados e fábricas de processamento de frutas e legumes. Ross Braun, responsável técnico da F1, salienta que “esta disciplina sempre serviu de plataforma de lançamento de novos avanços para o mundo automóvel e a nova gasolina sustentável alinha-se perfeitamente com o nosso plano de nos tornarmos neutros em carbono em 2030, uma vez que há grandes oportunidades para um motor que seja simultaneamente híbrido e com combustível sustentável”.

A FIA espera que, já a partir de 2021, se comece a utilizar o novo combustível, total ou parcialmente (fala-se em 10%), para passar a ser utilizado a 100% com a introdução dos novos motores, destinados a substituir os actuais 1.6 V6, considerados demasiado caros para continuarem a servir a F1. As novas mecânicas estão há muito agendadas para 2026, apesar de ser possível que sejam antecipadas para 2025.

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