O Tribunal Central Administrativo do Sul deu esta tarde razão ao Sporting no âmbito do caso de João Palhinha, anunciou o clube em comunicado, explicando que a decisão foi conhecida apenas a cinco horas e meia do dérbi com o Benfica, numa fase em que o próprio treinador, Rúben Amorim, já admitiu não ter contado com o médio na estratégia preparada para o encontro. Em paralelo, e à semelhança do que já tinha acontecido após a decisão do recurso do quinto cartão amarelo, os leões voltam a pedir a demissão do atual Conselho de Disciplina.

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“A Sporting CP – Futebol, SAD tomou conhecimento da decisão do Senhor Presidente do Tribunal Central Administrativo do Sul relativamente ao pedido de aplicação de medida cautelar formulado pelo seu jogador João Palhinha, julgando-o procedente e suspendendo a eficácia da decisão que lhe aplicara um jogo de suspensão”, começa por anunciar o conjunto verde e branco em comunicado publicado no site oficial.

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“A Sporting CP – Futebol, SAD recorda que o jogador havia recorrido para o Pleno do Conselho de Disciplina do castigo que lhe fora aplicado em processo sumário, tendo o Conselho de Disciplina notificado a decisão desse recurso na passada sexta-feira, pelas 23h16. E recorda, também, que nesse recurso o árbitro havia admitido, preto no branco, que o jogador tinha sido indevidamente punido com cartão amarelo. O recurso com pedido de medida cautelar formulado pelo jogador João Palhinha deu entrada nos tribunais horas depois, na madrugada de sábado, às 05h46. O Senhor Presidente do Tribunal Central Administrativo do Sul notificou o jogador da sua decisão favorável pouco antes das 16h00 desta segunda-feira, a cinco horas e meia do início do jogo”, salienta.

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“A Sporting CP – Futebol, SAD congratula-se com a celeridade com que o sistema judicial português deu resposta à pretensão do seu jogador, entre a manhã de sábado e a tarde de segunda-feira, em pleno confinamento geral. A Sporting CP – Futebol, SAD assinala, contudo, que apesar dessa louvável rapidez, o tempo do futebol profissional não se compadece com a necessidade de reagir judicialmente perante decisões tão clamorosamente ilegais e que comprometem a verdade desportiva. A lamentável decisão do Conselho de Disciplina forçou o jogador a uma reacção junto dos tribunais em tempo recorde; forçou os tribunais a decidir também com grande prontidão; mas, pelo meio, forçou a Sporting CP – Futebol, SAD a tomar opções desportivas que a prejudicam seriamente. Não é possível preparar adequadamente um jogo – muito menos um desafio com a importância do de hoje – com este tipo de incerteza”, realça, antes de voltarem a tomar posição sobre o órgão liderado por Cláudia Santos.

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“A evidência da situação torna também evidente que este Conselho de Disciplina não tem condições para assumir a importante responsabilidade que é conduzir a disciplina desportiva profissional. Resta, portanto e apenas, o caminho da demissão”, conclui o comunicado emitido pelo Sporting esta tarde.