Na sexta-feira passada a direção socialista reuniu-se e decidiu que vai propor à Comissão Nacional do partido que o congresso se realize só em julho e “em modo Covid”, segundo apurou o Observador. A reunião socialista tem vindo a ser adiada desde maio do ano passado, por causa da pandemia, e ficou de ser reavaliado o melhor calendário depois das presidenciais. António Costa prepara-se, assim, para separar no tempo esse momento de reflexão do partido das eleições à Presidência onde o PS não apoiou nenhum candidato — o que tem suscitado discussão interna. Aliás, o partido nem terá a habitual reunião interna, na comissão política nacional, que costuma analisar resultados eleitorais.
O Congresso do PS vai realizar-se antes das autárquicas e já depois de encerrada a presidência portuguesa da União Europeia, um momento de especial exigência para o primeiro-ministro socialista. Tendo em conta a pandemia, que ninguém sabe que evolução terá, António Costa prevê que mesmo nessa altura as regras tenham de ser apertadas, pelo que o que a direção socialista está a propor passa por a distribuição da reunião por dez locais onde se concentrem não mais do que 190 pessoas. Essas reuniões à distância serão ligadas por vídeoconferência.
A proposta foi definida na reunião do secretariado nacional do PS na última sexta-feira e vai agora avançar para o Conselho Nacional, o órgão máximo entre congressos, que definirá o calendário. No ano passado, logo no início de abril, o partido decidiu adiar o Congresso, que estava marcado para 31 de maio em Portimão, e também as eleições diretas para o cargo de secretário-geral, que deviam realizar-se duas semanas antes. Entretanto, a remarcação ficou adiada para depois das presidenciais, processo que o partido retomará agora.
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