A Rússia foi não só o primeiro país a aprovar uma vacina contra a Covid-19 para humanos (apesar de toda a controvérsia que isso gerou), como é o primeiro país a registar uma vacina contra a mesma doença nos animais, noticiou a Reuters.

A notícia foi avançada pelo regulador para a área da agricultura (Rosselkhoznadzor), depois da vacina ter mostrado que desencadeia a produção de anticorpos em cães, gatos, raposas e visons.

“Os resultados dos ensaios clínicos permitem-nos concluir que a vacina é segura e é altamente imunogénica visto que todos os animais vacinados desenvolveram anticorpos contra o coronavírus”, disse Konstantin Savenkov, vice-diretor do Rosselkhoznadzor, em comunicado.

O objetivo da vacina Carnivac-Cov, que vai ser produzida em larga escala já a partir de abril, é que se possa prevenir o desenvolvimento de novas mutações em animais que foram infetados pelo homem e que depois podem voltar a infetar os humanos. Uma preocupação já expressa pela Organização Mundial de Saúde.

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Mutações do vírus da Covid-19 derivadas de visons foram detetadas em humanos de sete países

Um dos casos mais significativos desta transmissão de vírus entre espécies diferentes foi a descoberta, na Dinamarca, de uma mutação do vírus SARS-CoV-2 em visons, que foi também encontrada em cerca de duas centenas de pessoas. O país, que produz 40% da pele de vison em todo o mundo, ordenou o abate de cerca de 17 mil animais.