O candidato do Chega à presidência da Câmara de Bragança, Carlos Silvestre, defendeu esta terça-feira a criação de taxas em percursos específicos do Parque Natural de Montesinho e que as receitas revertam a favor das populações.

Para o candidato, esta seria uma forma de dinamizar as aldeias do parque, que incluiu também a criação de nichos de produtos que juntem diferentes localidades numa espécie de cooperativas.

Para esta estratégia, Carlos Silvestre defende que o primeiro passo é “a deslocação da direção que está em Via Real” para o território do parque, que abrange os concelhos de Bragança e Vinhais.

A candidatura do Chega critica também o papel que, segundo diz, não tem desempenhado o parque tecnológico Brigantia Ecopark, instalado na cidade de Bragança, com empresas essencialmente de serviços.

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Carlos Silvestre lembrou que é ali no parque tecnológico que está instalada a Secretária de Estado para a Valorização do Interior, quando há tantos edifícios na cidade.

“Um parque tecnológico tem que ter dentro empresas capazes de potenciar todos os recursos endógenos, toda esta biodiversidade”, defendeu.

O Chega considera que falta na Câmara Bragança “visão estratégica e integrada, onde entre também a educação”.

“Falámos com algumas empresas que necessitam de quadros, de mão-de-obra intermédia, nomeadamente eletricistas, torneiros mecânicos, pessoas que saibam cortar madeira, tudo isto não existe em Bragança”, concretizou.

O candidato defende que seja feito o levantamento das necessidades, em articulação com o politécnico, IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional) e com as escolas profissionais para haver esta capacidade de formação.

O dia de campanha desta terça-feira da candidatura do Chega à Câmara de Bragança começou no Museu Ferroviário da cidade, com as memórias do que foi o caminho-de-ferro numa região que não tem comboio há 30 anos.

O Chega reivindica o regresso da ferrovia, a construções de ligações rodoviárias como as de Bragança a Vimioso ou Vinhais, assim como a ampliação do aeródromo municipal com capacidade para receber aviões de médio porte, inclusive de carga para transporte de mercadorias.

Nas acessibilidades ficaram ainda críticas ao prolongamento da circular interna de Bragança que, ao contrário do traçado que já estava feito, tem apenas uma faixa de rodagem em cada sentido com ciclovias na ligação à zona industrial e um desvio, junto ao Nerba (centro empresarial) com um custo de 500 mil euros.

A falta de um espaço para o Transporte Internacional Rodoviário (TIR) é outra lacuna apontada e para a qual o Chega propõe um espaço onde os camionistas com comodidade para os camionistas repousarem.

Além de Carlos Silvestre pelo Chega, são candidatos à presidência da Câmara de Bragança Hernâni Dias do PSD, Jorge Gomes do PS, André Xavier do Bloco de Esquerda, António Morais da CDU e Paula Vieira do CDS-PP.