Uma caravana de veículos invadiu uma prisão na cidade de Tula (México) e libertou nove prisioneiros, no que se pensa ser uma operação realizada por um gangue mexicano. Um dos prisioneiros que conseguiram fugir será o líder de um grupo suspeito de roubo de gasolina e venda em bombas de combustível no estado de Hidalgo.
Os veículos utilizados tinham sido blindados, de forma artesanal, num plano que implicou que outros carros tenham sido incendiados como manobra de diversão. Segundo as autoridades do estado mexicano de Hidalgo, um guarda prisional e um polícia ficaram feridos em consequência deste ataque realizado esta quarta-feira, dia 1 de dezembro.
Um grupo armado invadiu a prisão com vários veículos, e é importante notar que dois outros veículos estavam em chamas como parte da operação do grupo criminoso, servindo de distração”, explicou o secretário do Interior do estado de Hidalgo, segundo a Associated Press.
Um dos prisioneiros que conseguiu fugir da prisão era, de acordo com o The Guardian, José Artemio Maldonado Mejía, conhecido como “El Michoacano”, o líder de um cartel local denominado “Pueblos Unidos”.
Em Tula fica localizada uma refinaria de petróleo e os grupos criminosos locais têm aproveitado os canos ligados à refinaria para roubar gasolina, que é mais tarde vendida a motoristas ou a bombas de combustível – muitas vezes ameaçados caso não comprem o produto roubado.
O grupo liderado por “El Michoacano” é uma das principais organizações suspeita de envolvimento neste tipo de atividades ilegais no estado de Hidalgo. As autoridades mantêm-se à procura dos suspeitos do crime, assim como dos prisioneiros evadidos.
Os órgãos de comunicação locais identificam os carros incendiados como sendo “carros bomba”. Contudo, o uso deste tipo de estratégia em vez de incendiar apenas os veículos é raro no país. Em 2010, um ataque perto da Cidade Juarez com recurso a este tipo de tática resultou em três mortos.