O presidente da Associação de Discotecas do Sul e Algarve (ADSA) reagiu esta quinta-feira “com satisfação e alegria” ao fim da obrigatoriedade de apresentação de teste negativo à Covid-19 ou de certificado digital para aceder aos bares e discotecas.

“Recebo isto com muita satisfação e alegria, porque, finalmente, estamos a entrar na normalidade da vida das pessoas”, disse à agência Lusa Liberto Mealha.

A entrada nos estabelecimentos de diversão noturna deixa de estar condicionada à apresentação de teste negativo à Covid-19, anunciou esta quinta-feira a ministra do Estado e Presidência, Mariana Vieira da Silva, em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros.

A ministra anunciou também o fim da “exigência de certificado digital”, exceto no controlo de fronteiras.

Na opinião do presidente da ADSA, o alívio das medidas para aceder aos espaços de diversão noturna “foi tomada na melhor altura, ou seja, no início da época turística na região algarvia”.

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Liberto Mealha considerou que a medida anunciada pelo Governo “não foi tardia, mas sim de precaução em relação a tudo isto [pandemia de Covid-19]”. “Não acho que tenha sido tardia, foi bem vista e chegámos à conclusão que temos de considerar e classificar a Covid-19 como uma gripe, uma doença normal, mas para isso levou tempo até chegarmos a essa confirmação”, observou.

A entrada nos bares e discotecas estava condicionada à obrigatoriedade de apresentação de um teste negativo à Covid-19, com exceção de quem demonstrasse ter sido vacinado há pelo menos 14 dias com a dose de reforço contra a doença ou de quem tivesse um certificado de recuperação. Eram válidos testes PCR feitos há menos de 72 horas, testes rápidos de antigénio com menos de 48 horas ou autoteste feito à entrada.

Atualmente, os clientes não têm de usar máscara nestes espaços, ao contrário dos trabalhadores, segundo as regras em vigor definidas pela Direção-Geral da Saúde.

Os bares e discotecas tinham reaberto em outubro pela primeira vez desde o início da pandemia em Portugal, após 19 meses parados, sendo que, entre outubro e dezembro, para entrar nestes espaços era necessário apresentar um teste antigénio ou PCR com resultado negativo ou o certificado de recuperação da doença, mesmo no caso de pessoas vacinadas.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.848.104 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência francesa France-Presse. Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.708 pessoas e foram contabilizados 3.148.387 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde. A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.