O antigo Presidente da República, António Ramalho Eanes, gostava de ter visto a Europa responder com mais força depois da invasão da Ucrânia pela Rússia. Numa curta declaração aos jornalistas à margem da apresentação de um livro em Lisboa, o antigo Chefe de Estado diz que “há uma mudança geopolítica radical que apanhou a Europa desprevenida”.

Apesar de avaliar de forma positiva a reação europeia, Eanes acredita que “devia ter respondido com mais força”. Sem detalhar até onde poderia ter ido a atuação europeia, Ramalho Eanes justificou a sua posição com o carácter do presidente russo: “Putin demonstrou que é um homem em quem não se pode confiar e do qual tudo se pode esperar”.

Questionado sobre as consequências que uma resposta europeia mais efetiva poderia trazer à segurança global, o general Ramalho Eanes reconheceu que “a segurança global é extremamente importante”, mas insistiu que “seria conveniente se se pudesse ir mais longe e eu julgo que se poderia ir mais longe”.

António Ramalho Eanes falou aos jornalistas à chegada ao Hospital da Luz,em Lisboa, onde esteve a assistir à apresentação do livro ‘De Coração nas Mãos’ do cirurgião José Roquete. Antes dele também Aníbal Cavaco Silva chegou à unidade hospitalar privada acompanhado da mulher, Maria Cavaco Silva, mas não quis responder às perguntas dos jornalistas.

Marcelo Rebelo de Sousa também foi convidado para este evento, mas quando chegou já a apresentação tinha terminado e alguns dos presentes recolhiam autógrafos do autor do livro. Neste momento já Cavaco Silva tinha saído do auditório e não se cruzou com o sucessor.

A apresentação da obra esteve a cargo de Luís Marques Mendes, antigo presidente do PSD e contou Manuela Ferreira Leite, também antiga líder social democrata, o deputado e antigo ministro socialista Capoulas Santos e os antigos deputados Matos Rosa,do PSD e Isabel Galriça Neto, do CDS.

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