Depois de ter chamado “criminoso de guerra” a Vladimir Putin, Joe Biden endureceu ainda mais o discurso esta quinta-feira. Num discurso durante almoço anual dos Amigos da Irlanda no Capitólio no âmbito da celebração do Dia de São Patrício, o Presidente dos EUA acusou o seu homólogo russo de ser um “ditador assassino” e um “rufia puro”, que desencadeou uma “guerra imoral contra as pessoas da Ucrânia”.
Biden just referred to Putin as both a "murderous dictator" and "pure thug" pic.twitter.com/HIU5u1lYbV https://t.co/zR9skkElgP via @ralakbar
— Liveuamap (@Liveuamap) March 17, 2022
Elogiando as sanções que a Irlanda aplicou à Rússia, Joe Biden reforçou que Vladimir Putin está a “pagar um preço elevado pela sua agressão”. O chefe de Estado norte-americano indicou também que Dublin e Washington estão “a colaborar de forma cada vez mais intensa”, apesar da posição neutral irlandesa.
O Kremlin voltou a criticar esta quinta-feira o Presidente dos EUA por ter chamado “criminoso de guerra” ao seu homólogo russo, não tendo ainda reagido às últimas acusações. “Tais declarações de Joe Biden são inaceitáveis, imperdoáveis e inadmissíveis”, afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov.
Joe Biden chama a Vladimir Putin “criminoso de guerra”. Kremlin diz ser “inaceitável”
Vladimir Putin é “muito prudente, uma figura culta internacionalmente e chefe da Federação Russa”, sublinhou Dmitry Peskov, que notou incoerência nas palavras de Joe Biden: “É chefe de Estado de um país que durante muitos anos bombardeou pessoas em todo o mundo… O Presidente de um país destes não tem o direito de fazer tais declarações”.
Para justificar o seu ponto de vista, Dmitry Peskov mencionou a utilização de bombas nucleares em Hiroshima e Nagasaki, no Japão, durante a II Guerra Mundial.