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Biden comete aparente gafe: em base da NATO, diz a soldados americanos que vão para a Ucrânia

Este artigo tem mais de 2 anos

"Vão ver quando lá estiverem. Vão ver mulheres e jovens a colocar-se à frente do raio dos tanques, a dizer: não saio daqui", disse Biden a soldados americanos que estão na Polónia. Terá sido uma gafe.

The President Of The United States Visits Poland
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O Presidente dos EUA acabado de chegar a um aeroporto de Rzeszow, na Polónia

Omar Marques/Getty Images

O Presidente dos EUA acabado de chegar a um aeroporto de Rzeszow, na Polónia

Omar Marques/Getty Images

O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, terá cometido uma aparente gafe esta sexta-feira, quando falava a soldados norte-americanos na Polónia — mais especificamente numa base da NATO na cidade polaca de Rzeszow.

Num momento em que elogiava a resistência ucraniana à invasão russa, Biden particularizou sublinhando como o “cidadão comum” tem protestado contra a ocupação e resistido às forças russas: “Vão ver quando lá estiverem. Vão ver mulheres e jovens a colocar-se à frente do raio dos tanques, a dizer: não saio daqui”.

Apesar de Biden não ter corrigido logo naquele momento a declaração, um porta-voz da Casa Branca reiterou posteriormente aquela que tem sido a posição oficial dos EUA: o país não planeia entrar em território ucraniano e só intervirá no conflito se um país da NATO for atacado. “O Presidente tem sido claro ao dizer que não vamos enviar tropas dos Estados Unidos para a Ucrânia e não há nenhuma mudança sobre essa posição”.

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Da pizza ao “poder do nosso exemplo”: Biden à mesa com soldados na Polónia

Na Polónia, o Presidente dos EUA, Joe Biden, encontrou-se esta sexta-feira com soldados norte-americanos e acabou a matar a fome com uma fatia de pizza. “Se vão começar a comer, vou sentar-me e comer qualquer coisa. Pode ser?”, perguntou, não se fazendo rogado.

Os Estados Unidos da América têm atualmente 10.500 soldados na Polónia e 100 mil soldados destacados para a Europa, onde está atualmente a decorrer uma guerra na sequência da invasão militar da Rússia à Ucrânia.

O encontro de Biden com os soldados norte-americanos aconteceu na cidade polaca de Rzeszow. Durante esse encontro, o Presidente dos EUA apontou, de acordo com o site informativo e especializado na política norte-americana The Hill: “Para as nossas estruturas organizacionais, a questão que se coloca é: daqui a dez ou 15 anos, o que vai prevalecer: as democracias e os valores que partilhamos ou os regimes autocráticos? É verdadeiramente isso que está em causa”.

President Biden Departs White House For Brussels

O Presidente dos EUA, Joe Biden, na Polónia

Chen Mengtong/China News Service via Getty Images

“Estamos no meio de uma luta entre as democracias e os oligarcas. O resto do mundo olha para nós porque não apenas lideramos pelo exemplo do nosso poder mas pelo poder do nosso exemplo”, acrescentou Biden. E agradeceu a quem decidiu escolher a Defesa como carreira nos EUA: “Vocês representam 1% do povo americano. Nenhum de vocês tem de estar aqui, todos vós decidiram estar aqui pelo vosso país”, referiu, notando que os 99% de norte-americanos estão “em dívida” com os seus soldados.

Ainda na Polónia, Biden apontou durante uma reunião centrada na ajuda humanitária aos refugiados ucranianos: “Estou aqui para avaliar a situação humanitária e, francamente, parte da minha deceção deve-se ao facto de não poder vê-lo em primeira mão como sucedeu em outros lugares”.

“Não me deixam, suponho que é compreensível, cruzar a fronteira, e observar o que está a acontecer na Ucrânia”, acrescentou o Presidente norte-americano.

Biden não repetirá assim o que fez há 20 dias o secretário de Estado, Antony Blinken, que em 5 de março cruzou brevemente a fronteira para se reunir com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba.

O Presidente norte-americano encontrou-se também com o seu homólogo polaco Andrzej Duda e disse estar emocionado com as imagens que viu de locais como Mariupol: “Parece ficção científica, ligar a televisão e ver como estão algumas destas cidades“.

Biden elogiou ainda a “valentia, paixão e resiliência” do povo ucraniano, e a “coragem” de muitos civis perante a invasão russa, referindo mesmo: “Quando vês uma mulher de 30 anos de pé frente a um tanque com uma espingarda… Recorda o que se passou na praça Tiananmen ao quadrado”. A declaração era uma alusão ao “homem do tanque” no decurso da repressão aos protestos contra o regime chinês.

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