A Rússia planeia ter operacionais os novos mísseis balísticos intercontinentais até ao outono deste ano. Trata-se do míssil RS-28 Sarmat, tão eficaz que é apelidado pelos serviços de informação ocidentais como Satã II.

De acordo com a agência Reuters, a meta estabelecida foi divulgada pelo diretor da agência espacial russa Roscosmos, Dmitry Rogozin, e é ambiciosa, tendo em conta que o primeiro teste só foi realizado na passada quarta-feira.

Com um alcance máximo de 18 mil quilómetros, o RS-28 Sarmat é capaz de circundar a Terra pela linha do equador uma vez e meia antes de cair, o que, na teoria, deixa qualquer parte do mundo vulnerável a um ataque massivo por parte dos russos. Incluindo os Estados Unidos.

O teste em causa funcionou como uma demonstração da força russa, mesmo depois dos vários atrasos provocados por questões financeiras e técnicas, mas os EUA desvalorizaram, dizendo que está em causa um exercício de rotina e não uma ameaça ao país. As autoridades americanas revelaram que o Kremlin até as notificou antecipadamente do lançamento.

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Um relatório do Serviço de Informação do Congresso dos EUA dava já conta, a 21 de março de 2022, que este míssil estaria concluído.

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Este míssil balístico intercontinental chamado RS-28 Sarmat tem capacidade para transportar até 16 ogivas nucleares de tamanho reduzido ou 10 ogivas de maior dimensão. Esta arma possui um dispositivo de bloqueio capazes de destruir outras bombas e mísseis, caso sejam detetados a uma distância de seis quilómetros. O míssil está ainda equipado com um sistema que torna mais difícil a sua interceção.