O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, pediu à NATO e aos Estados Unidos que parem de entregar armas à Ucrânia, se “estiverem realmente interessados em resolver a crise ucraniana”.

Numa entrevista publicada este sábado pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua, Lavrov lembrou que “um fluxo contínuo de armas de todos os tipos tem entrado na Ucrânia através da Polónia e de outros países da NATO”.

“Se os Estados Unidos e a NATO estiverem realmente interessados em resolver a crise ucraniana, então, acima de tudo, devem acordar e parar de entregar armas e munições ao regime de Kiev”, acrescentou o chefe da diplomacia russa.

Na terça-feira, líderes militares de cerca de 40 países reuniram-se em Ramstein, na Alemanha, tendo decidido passar a encontrar-se mensalmente para discutir o fortalecimento das capacidades militares da Ucrânia contra a Rússia.

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Na entrevista à Xinhua, Lavrov assegurou que “a invasão que começou em 24 de fevereiro está a seguir de acordo com o planeado”.

“Todos os objetivos da operação militar especial serão alcançados, apesar da obstrução dos nossos adversários”, acrescentou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reconheceu, na noite de sexta-feira, que a situação na região nordeste do país, onde as forças russas concentram a sua ofensiva, é “difícil”. “Mas os nossos militares estão a obter sucessos táticos”, acrescentou.

O Ministério da Defesa ucraniano deu como exemplo Rouska Lozova, uma localidade situada a norte de Kharkiv, que as forças russas estavam a usar para atacar a segunda maior cidade da Ucrânia.

Rouska Lozova foi recuperada pelos ucranianos após intensos combates e mais de 600 moradores foram retirados, avançou o ministério.

A 22 de abril, a União Europeia e os Estados Unidos manifestaram “preocupação com a repetida manipulação de informação por parte da China, inclusive através da difusão da desinformação de Moscovo”, sobre a guerra na Ucrânia.

Pequim tem-se recusado a condenar a invasão da Ucrânia e defende a sua amizade com Moscovo.