O presidente da câmara baixa do parlamento russo (Duma), Vyacheslav Volodin, afirmou, esta quinta-feira, que a Rússia apenas lançará um ataque nuclear “em resposta” a uma “agressão” de outro país. “Se nos for dirigido um ataque nuclear, respondemos. Apenas dentro da estrutura de defesa”, assegurou.
Numa entrevista à rádio kp, Vyacheslav Volodin deixou várias críticas aos Estados Unidos, país de que se “pode esperar tudo“. Lembrando o uso de bombas nucleares em Hiroshima e Nagasaki, que Vyacheslav Volodin descreveu como “cidades pacíficas” durante a II Guerra Mundial, o responsável político indica que é “preciso ter medo” de Washington. “O único país que usou armas nucleares foram os Estados Unidos e, portanto, pode esperar-se tudo deles.”
Voltando a apontar o dedo aos Estados Unidos, o presidente da Duma acusou a NATO de se preparar “antecipadamente” para a agressão contra as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, sendo que a Rússia “evitou essa agressão”, bem como um “grande número de vítimas” resultante da mesma.
De acordo com a versão de Vyacheslav Volodin, seria a Ucrânia quem iria começar a invasão às duas repúblicas. O país estaria “carregado de armas”, tendo os “nazis” ao seu lado, que iriam “intimidar a população”. “Na verdade, a Ucrânia perdeu a sua soberania, o Presidente [Volodymyr Zelensky] não é independente”, acusa, acrescentando que todas estas decisões sobre as ações militares foram tomadas em conjunto com os Estados-membros da NATO.
Sobre a opinião russa sobre a “operação militar especial”, Vyacheslav Volodin faz questão de afirmar que está “consolidada”. Reforça também que a Rússia não está isolada internacionalmente, havendo países dispostos a colaborar com Moscovo.