A embaixada russa em Portugal emitiu um comunicado sobre a situação do acolhimento de refugiados ucranianos na Câmara de Setúbal por cidadãos russos, falando num caso de “russofobia” por parte dos media portugueses.

“É de lamentar ver nos media nacionais mais uma tentativa, no espírito da russofobia, de politizar a situação ao redor duma estrutura de natureza humanitária. Esperamos que este processo corra de acordo com as normas do Estado de Direito que é Portugal”, pode ler-se na nota divulgada no site da embaixada.

O comunicado refere-se ainda diretamente a Igor Khashin, líder da associação que estaria a acolher os refugiados e que, de acordo com o jornal Expresso, estaria a ser seguido pelos serviços de informação portugueses. A embaixada russa frisa que Khashin participou em “eventos da comunidade russa” que “são iguais aos de outros países, por exemplo encontros do Conselho da Diáspora Portuguesa”.

Sobre as ligações de Khashin à embaixada russa, os diplomatas frisam que “os ativistas da comunidade russa mantêm contactos com as autoridades russas através da Embaixada”, com o objetivo de garantir “a proteção dos seus direitos no estrangeiro”, comparando uma vez mais a situação com a que acontece com os cidadãos portugueses e as respetivas embaixadas.

A embaixada frisa ainda que mantém um diálogo “frutífero, pragmático e despolitizado” com as entidades portuguesas.

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