O PCP “deplorou o empenho” do Governo português na adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, considerando ser uma “clara expressão de submissão aos interesses dos EUA”. Para os comunistas, a aliança militar foi também “usada para dar suporte à ditadura fascista”.

Em comunicado enviado às redações esta segunda-feira, o partido afirma que o alargamento quase confirmado da NATO à Suécia e Finlândia representa um “sério agravamento da tensão na Europa e no plano internacional”.

Os comunistas consideram que caso esta entrada dos países nórdicos na Aliança Atlântica se confirme “significará um salto qualitativo no processo de alargamento da NATO que leva a presença deste bloco político-militar junto às fronteiras da Federação Russa”. Um dos fatores, sublinha o partido, que está na origem do “agravamento da situação na Europa e da atual guerra na Ucrânia”.

Para o PCP, o alargamento da NATO à Finlândia e à Suécia “não é uma questão nova, determinada por uma necessidade de segurança”, mas sim consequência de um processo iniciado em 1994. Os cinco alargamentos verificados desde 1999 não apenas “contrariam os compromissos assumidos desde o fim da República Democrática da Alemanha […] como também são acompanhados pelo avanço de manobras, instalação de equipamentos e provocações militares”.

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Denunciando que o novo alargamento da NATO é “acompanhado por brutais aumentos nas despesas militares dos seus países membros”, o PCP aponta que esse dinheiro “nunca existe para aumentar salários, reforçar os sistemas públicos de saúde, segurança social e ensino”.

“O PCP sublinha que a atual escala de militarismo e guerra é inseparável do aprofundamento da crise estrutural do capital e da recusa das potências imperialistas de aceitar a realidade duma nova correlação de forças no plano internacional”, afirma o partido, que destaca que os EUA e as grandes potências da União Europeia “procuram contrariar o declínio” e afirma uma “força de dominação hegemónica”.

“Cabe aos povos a palavra determinante na construção de História. É urgente travar o caminho para o abismo para o qual o imperialismo quer conduzir a Humanidade”, defende ainda o PCP.