Um bombardeamento de uma cidade no sudoeste da Rússia, localizada na fronteira com a Ucrânia, causou um morto e vários feridos, disse o governador da região de Kursk quinta-feira.

Outro ataque inimigo em Tyotkino, ocorrido ao amanhecer, infelizmente terminou em tragédia. De momento sabemos da morte de pelo menos um civil”, disse Roman Starovoyt.

Numa publicação na plataforma Telegram, o governador acrescentou que outras pessoas ficaram feridas e estariam a receber tratamento médico.

Segundo informações preliminares, a vítima mortal é um motorista de pesados que fazia entregas a uma destilaria local que foi atingida “repetidamente”, acrescentou Starovoyt.

O governador deu a entender que o ataque partiu da Ucrânia, em resposta à invasão russa, lançada a 24 de fevereiro.

Durante a manhã desta quinta-feira, os serviços de emergência estavam a extinguir os incêndios causados pelo bombardeamento da aldeia de cerca de 4.000 habitantes.

“Várias casas foram danificadas. Fala-se também de projéteis que não explodiram”, continuou Starovoyt, que publicou fotos mostrando edifícios carbonizados, com janelas quebradas e crateras no exterior.

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A guerra na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas — cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa — justificada pelo Presidente Vladimir Putin com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia — foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A ONU afirmou que morreram mais de 3.700 civis e que mais de quatro mil ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.