“Estamos preocupados, claro que estamos“. A primeira-ministra da Moldávia reconhece que uma possível invasão russa “é um risco” que, porém, para já é apenas visto como um “cenário hipotético”. Mas o governo moldavo reconhece estar numa posição difícil e diz ser o segundo país mais afetado pela invasão, depois da Ucrânia.

Natalia Gavrilita, que é formada em Harvard (EUA), reconhece que o seu país está “numa posição difícil”, mas não é apenas a Moldávia: “Qualquer pequeno país, qualquer país que confia numa ordem internacional baseada em regras… Se um país pode decidir iniciar uma anexação, através da guerra, sem qualquer respeito pela ordem internacional, então ninguém está seguro e penso que muitos países estão preocupados“.

As declarações da primeira-ministra da Moldávia foram feitas no programa “Fareed Zakaria GPS”, da norte-americana CNN. Gavrilita comentou, relativamente à situação particular da Moldávia, que “se as iniciativas militares [de Putin] se moverem mais no sentido sudoeste da Ucrânia, em direção a Odessa, então ficaremos muito preocupados“.

Mesmo que isso não venha a acontecer, a Moldávia, um dos países mais pobres da Europa e que partilha fronteira com a Ucrânia, tem tido bilhete de primeira fila para o impacto económico da guerra. “Já estamos a ver uma inflação muito elevada, foi de 32% em junho”, lamentou a responsável.

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