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O antigo líder do Partido Trabalhista britânico Jeremy Corbyn pediu aos países ocidentais que interrompam o envio de armas para a Ucrânia. “Enviar armas não vai trazer uma solução, só vai prolongar e escalar a guerra”, defendeu numa entrevista ao jornal Al Mayadeen. Corbyn assumiu-se contra a operação militar russa na Ucrânia, que caracterizou como “fundamentalmente errada”. No entanto, crê que é preciso um maior esforço para alcançar a paz, prevendo que podemos vir a ter “anos e anos” de guerra”.

O que eu considero desapontante é que quase nenhum líder mundial usa a palavra ‘paz’; usam sempre a linguagem de mais guerra.”

O britânico pediu às Nações Unidas que tenham um papel mais central na resolução do conflito, sugerindo também um maior envolvimento de outras organizações internacionais, como a União Africana ou a Liga Árabe.

Não faltaram críticas duras à gestão que o primeiro-ministro demissionário, Boris Johnson, fez do Reino Unido durante a guerra. Para Corbyn, o país esteve muito próximo de ser “arrastado” para um envolvimento direto na guerra, uma atitude que vê como “imprudente e perigosa”. O ex-líder trabalhista descreveu Johnson como um homem de “muitas ilusões”, que acredita ser como “Winston Churchill” e que crê que será considerado um “líder heroico” se continuar a tirar fotografias com o Presidente ucraniano.

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Durante a entrevista, Corbyn também abordou a sua expulsão do partido, em novembro de 2020, denunciando que foi tratado de forma “vergonhosa”.

Novo líder do Partido Trabalhista mantém Jeremy Corbyn fora do grupo parlamentar

Jeremy Corbyn foi inicialmente suspenso do partido em 2020 por ter recusado as conclusões de um relatório da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos sobre a forma como, sob a sua liderança, se tratou o antissemitismo. Na altura alegou que a dimensão do problema foi “muito exagerada” por rivais políticos dentro e fora do Partido e também pela comunicação social.