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Desde o início da invasão russa na Ucrânia, há mais de seis meses, voluntários de vários países juntaram-se às forças ucranianas, combatendo ao seu lado ou contribuindo para missões humanitárias. O britânico Craig Mackintosh, de 48 anos, era um deles e, segundo a família, morreu a 24 de agosto como um “verdadeiro herói” no papel de médico voluntário.

A irmã, Lorna Mackintosh, divulgou a história numa página do Go Fund Me, que criou com o objetivo de pedir ajuda para trazer o corpo para o Reino Unido. “O nosso irmão voluntariou-se corajosamente para ir para a Ucrânia como um médico para ajudar a salvar vidas nesse país destruído pela guerra. Durante o seu dever, ao ajudar outros, perdeu a vida. Este homem altruísta está agora numa morgue na Ucrânia e não há ajuda para o trazer para casa“.

Segundo Lorna Mackintosh, o custo de trazer o corpo do irmão para o Reino Unido é cerca de 4000 libras (à volta de 4617 euros). “Ele deu a sua vida para salvar outras e agora precisa de voltar para casa para o funeral que merece (…). Um verdadeiro funeral de um herói, rodeado pela família e os amigos”, escreveu.

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Craig Mackintosh era um jardineiro paisagista, mas tinha treinado como médico entre os 16 e 23 anos quando serviu no Exército Territorial britânico. Teve de deixar a vida como soldado devido a um quisto inoperável perto do cérebro, falhando o exame médico para se juntar às forças britânicas.

Sempre foi o seu sonho servir nas forças armadas e ver o conflito desenrolar-se e ver a devastação fê-lo decidir que queria ajudar”, afirmou Lorna.

A 24 de março partia para a Ucrânia não como soldado, mas como voluntário médico. Esteve lá até abril, quando regressou a casa, mas no início de agosto partia novamente determinado a ajudar, disse a irmã ao The Telegraph. Era suposto ser a última vez, com o regresso já marcado para outubro. Acabou por morrer 46 dias antes da data de regresso, depois de ser baleado perto da cidade de Kharkiv.