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Estónia, Letónia e Lituânia fecharam as suas fronteiras a partir de desta segunda-feira aos cidadãos russos, com poucas exceções, mesmo que tenham visto para o espaço Schengen de circulação.

A decisão dos Estados bálticos de restringirem ao máximo a entrada nos respetivos territórios, a partir de desta segunda-feira, 19 de setembro, de cidadãos russos tinha sido aprovada a 08 de setembro, num acordo assinado na altura também pela Polónia.

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Os três Estados bálticos deixaram de emitir vistos turísticos e outras autorizações a cidadãos russos pouco tempo depois do início da invasão russa da Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro.

No entanto, até agora, os cidadãos russos com vistos de qualquer um dos países do espaço Schengen (espaço europeu de livre circulação) podiam viajar livremente para os territórios destes países bálticos.

A Rússia é um Estado imprevisível e agressivo. Três quartos dos seus cidadãos apoiam a guerra. É inaceitável que as pessoas que apoiam a guerra possam viajar livremente pelo mundo, para a Lituânia, para a União Europeia”, disse esta segunda-feira a ministra do Interior da Lituânia, Agne Bilotaite.

O Ministério do Interior da Lituânia disse que 11 cidadãos russos foram impedidos de entrar naquele país a partir da meia-noite. A maioria tentava entrar por terra de Kaliningrado ou da Bielorrússia. Não foram relatados incidentes.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Urmas Reinsalu, disse ao jornal finlandês Helsingin Sanomat que as viagens russas colocavam preocupações de segurança porque “há informação de que espiões russos usaram identidades falsas e realizaram várias atividades na Europa com vistos turísticos”.

Serão abertas exceções para diferentes categorias, incluindo “dissidentes”, “casos humanitários”, razões familiares e titulares de autorizações de residência na UE, bem como o trânsito de viajantes de e para o enclave russo de Kaliningrado, no Báltico.

A decisão dos estados do Báltico e da Polónia, também com fronteira com a Rússia, tinha sido anunciada num comunicado conjunto assinado pelo primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, e os seus homólogos dos países bálticos — a estónia Kaja Kallas, a lituana Ingrida Simonyte e o letão Arturs Kriszjanis Karins.

O acordo avançou depois de estes países não terem conseguido que a União Europeia no seu conjunto adotasse mais esta medida como sanção a Moscovo pela invasão da Ucrânia.

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Não houve indicações de novas restrições de viagem esta segunda-feira para os russos que procuram entrar na Polónia, apesar de o país ter concordado em introduzir também a proibição até esta segunda-feira.

A Polónia, que faz fronteira com o enclave russo de Kaliningrado, ainda tem restrições apertadas aos viajantes russos que restam da pandemia de Covid-19.

Mais de 65.000 russos atravessaram a Polónia este ano, à semelhança do mesmo período do ano passado, mas 10 vezes menos do que antes da pandemia.