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Após os “ataques massivos” lançados pela Rússia em várias cidades ucranianas, durante a segunda-feira, foi criada a iniciativa de angariação de fundos “Enfureceram os ucranianos”. Em cerca de 24 horas, foram doados 9,6 milhões de dólares, cerca de 9,85 milhões de euros.

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“As campanhas de crowdfunding tornam a nossa defesa mais forte”, sublinhou o ativista Serhii Sternenko, um dos organizadores da iniciativa, acrescentando que os primeiros sete minutos bastaram para angariar quase 24.507 dólares, cerca de 25.16o euros. “Nós, o povo, ajudamos o exército ucraniano. Mas ainda precisamos de mais armas dos nossos aliados para deter este terror e o crime de genocídio que a Rússia comete diariamente neste país europeu”, afirmou citado pelo The Guardian.

A iniciativa foi formada por Sternenko juntamente com o comediante e político ucraniano Serhiy Prytula, com o objetivo de adquirir drones kamikaze para as tropas ucranianas.

“Queriam assustar-nos, mas nós unimo-nos ainda mais. Lembrem-se: nunca enfureçam os ucranianos. Nunca. As pessoas doaram por vingança, para garantirmos que a vingança acontece”, afirmou Prytula.

Foi Prytula que, no Twitter, anunciou o fim da campanha, garantindo que os fundos serão “bem usados para apoiar as Forças Armadas”. Em breve serão comprados os primeiros 50 drones Ram II, criados e fabricados por empresas ucranianas, bem como duas estações de controlo. Também serão adquiridas munições ao longo dos próximos dias.

Os Ram II são drones com uma carga explosiva de três quilogramas e uma distância máxima de 30 quilómetros. Segundo o jornal britânico, têm provado ser bastante eficazes na destruição de alvos russos.

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Na segunda-feira, a Rússia lançou um ataque “massivo” – nas palavras do Presidente russo – contra cidades ucranianas, incluindo Kiev, Lviv, Dnipro, Zaporíjia, Sumi, Kharkiv e Jytomyr. O último balanço apontava que morreram pelo menos 19 pessoas e 105 ficaram feridas. Na terça-feira, as forças russas voltaram bombardear a Ucrânia, no segundo dia de ataques que assumiram ser uma resposta à destruição da ponte de Kerch, que liga a Crimeia à Rússia.

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