O primeiro-ministro considerou esta quinta-feira “absolutamente crítico” o investimento na melhoria das competências digitais dos cidadãos de todas as gerações, advertindo que o não acesso a estes conhecimentos tecnológicos será em breve a grande causa de desigualdades sociais.

Estas palavras foram proferidas por António Costa na sessão de abertura do Fórum das Competências Digitais, conferência que está a decorrer no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE).

No seu discurso, o primeiro-ministro considerou que, por força da pandemia da Covid-19 e dos confinamentos, houve “um curso intensivo” sobre o digital e “a revelação de que se conseguia fazer muitíssimo mais do que alguma vez se pensava em relação à utilização dos equipamentos digitais.

“Por isso, investir nas competências digitais é absolutamente crítico, porque verdadeiramente o novo grande risco para a igualdade de oportunidades e para a igualdade nas nossas sociedades são aqueles que ficam do lado de fora”, advertiu.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Para António Costa, neste domínio, o objetivo cimeiro é “não deixar ninguém para trás”. “Este é um desafio não só para as novas gerações, mas para todas as gerações. É é porventura o desafio onde a solidariedade intergeracional é mais difícil de alcançar e, por isso, é também aquele onde mais temos de investir”, sustentou.

Antes, a presidente da Conferência do Fórum das Competências Digitais, a antiga ministra e atual eurodeputada socialista Maria Manuel Leitão Marques, alertou para as questões da desigualdade de género também nesta área e defendeu a necessidade de existir “nas escolas um esforço para combater as dificuldades de acesso às competências digitais”.

No Ensino Superior, por exemplo, Maria Manuel Leitão Marques defendeu todos os cursos deveriam ter matérias de competências digitais e deixou uma mensagem de aviso para os milhões de empregos em risco na Europa com a progressiva introdução da digitalização.

“É essencial a qualificação de todos os trabalhadores. Há várias oportunidades. Na União Europeia, só na área das Cibersegurança faltam 300 mil pessoas com competências digitais”, acrescentou a antiga ministra socialista.