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As autoridades pró-russas alertaram esta segunda-feira que a Ucrânia vai enviar tropas adicionais para a região de Lugansk (leste), anexada pela Rússia, depois de terem reconquistado Kherson.

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“Há informações de que cada vez mais forças estão a ser transferidas para lá, logo abaixo de Svatove, incluindo de Kherson, de acordo com as nossas agências de inteligência”, disse o porta-voz militar de Lugansk, Andrei Marochko, à televisão estatal russa Rossiya-24.

Segundo Marochko, todos os dias as tropas ucranianas tentam quebrar as defesas russas e pró-russos em Lugansk, que têm repelido os ataques.

A situação na linha de contacto é bastante grave. De facto, o inimigo tenta diariamente quebrar as nossas defesas de diferentes direções, mas os rapazes estão firmes, não estão a desistir de um centímetro da sua terra”, acrescentou.

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A Rússia anexou as regiões de Kherson, Lugansk, Donetsk e Zaporijia em 30 de setembro, no âmbito da ofensiva que lançou em 24 de fevereiro deste ano.

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Moscovo já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas regiões anexadas.

O governador de Lugansk leal a Kiev, Serguei Gaidai, disse neste dia que as tropas ucranianas libertaram Makiivka, cerca de 41 quilómetros a sudoeste de Svatove.

“Incluindo Makiivka, 12 localidades na região de Lugansk já foram libertadas”, disse Gaidai na rede social Telegram, citado pela agência espanhola EFE.

O governador ucraniano disse também que os russos continuam a atacar diariamente a cidade já destruída de Bilohorivka, a oeste de Lysychansk e Severodonetsk.

Gaidai reportou ainda uma “grande concentração” em Lugansk de mercenários e presos russos recentemente mobilizados pelo grupo paramilitar Wagner, controlado por Yevgeny Prigozhin, aliado do Presidente russo, Vladimir Putin.

A Ucrânia reconquistou parte da região de Kherson na sexta-feira, incluindo a capital regional com o mesmo nome, depois de Moscovo ter ordenado a retirada de milhares dos seus soldados face à contraofensiva de Kiev.

As autoridades pró-russas escolheram a cidade portuária de Henichesk, na margem sul do Rio Dniepre, como capital provisória da região de Kherson, noticiou a agência oficial russa TASS no sábado.

A reconquista de Kherson é considerada como um dos êxitos mais significativos das forças ucranianas na guerra com a Rússia.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou neste dia Kherson e saudou a vitória das suas tropas como o “início do fim da guerra”.

A invasão da Ucrânia pela Rússia mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será elevado.

A guerra e as sanções impostas à Rússia também perturbaram a economia a nível global, particularmente os setores da energia e alimentar, quando o mundo estava a tentar recuperar da crise provocada pela pandemia de Covid-19.