Siga aqui o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia

São ainda pouco claras as circunstâncias da morte de Vyacheslav Taran, empresário russo e fundador das plataformas de investimento Forex Club e Libertex, na sequência da queda de um helicóptero: o estado do tempo era, aparentemente, favorável a que a viagem decorresse sem problemas, o piloto seria experiente e, para adensar o mistério, um dos passageiros terá desistido de embarcar à última hora.

A agência de notícias russa Tass, através da embaixada russa em Paris, confirma a morte, mas não dá mais detalhes. “A Embaixada russa confirma a morte de Vyacheslav Taran na queda de um helicóptero que ocorreu na sexta-feira [25 de novembro] na área da comuna de Villefranche-sur-Mer”, indicou o responsável pelo departamento de imprensa da embaixada, citado pela agência.

É o Daily Mail que avança mais detalhes sobre o incidente, atribuindo à imprensa local. Sabe-se que o helicóptero partia da Suíça em direção ao Mónaco, pertencia à empresa monegasca Monacair e caiu na comunica de Villefranche-sur-Mer, no sudeste de França. O procurador-geral adjunto de Nice visitou o local e adiantou que a mão de terceiros no desastre não pode ser excluída.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A morte do milionário está envolta em algum mistério por ser o terceiro empresário ligado às criptomoedas a morrer inesperadamente nas últimas semanas, a seguir a Tiantian Kullander, de 30 anos, que alegadamente morreu durante o sono; e Nikolai Mushegian, 29 anos, que se afogou numa praia em Porto Rico, depois de ter publicado no Twitter que receava que a CIA e a Mossad o assassinassem.

O mistério adensa-de porque um passageiro que iria voar com Taran terá cancelado a viagem à última hora, refere a imprensa local. As autoridades francesas e a Airbus, a fabricante da aeronave, um helicóptero H130, já iniciaram uma investigação para apurar as circunstâncias da morte. O piloto, um cidadão francês de 35 anos, que seria experiente, também morreu na queda da aeronave.

Vyacheslav Taran vivia no Mónaco há dez anos e tem três filhos com a mulher, Olga, fundadora da revista “Hello Monaco”. A agência de notícias ucraniana Unian refere que o empresário era um “milionário das cripto” que teria ligações aos serviços de inteligência estrangeira da Rússia (SVR, na sigla original) e acusa-o de ser responsável por “lavagem de dinheiro russo através de um sistema de operações de criptomoedas”, mas sem apresentar provas.

A morte foi também confirmada pelo Libertex Group, que fundou e que o descreve como um “empresário fortemente respeitado, descrito como bondoso, educado, humilde”.