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A reputada revista TIME escolheu o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como a personalidade do ano de 2022, marcado pelos nove meses da invasão russa.

A decisão sobre a escolha deste ano “foi a mais clara de que há memória”, descreveu o diretor da Time, Edward Felsenthal. “Quer a batalha pela Ucrânia crie esperança ou medo, Volodymyr Zelensky galvanizou o mundo de uma forma que não se via há décadas“.

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Por provar que a coragem pode ser tão contagiante como o medo, por instigar as pessoas a juntarem-se pela defesa da liberdade, por lembrar o mundo da fragilidade e da paz, Zelensky e o espírito da Ucrânia são a personalidade do ano”, anunciou.

Ao longo do ano, Zelensky esteve em “todo o lado”, apesar de ter recusado partir da Ucrânia logo nos primeiros dias da invasão. Com os discursos em universidades, parlamentos, da NATO à ONU, e até na cerimónia dos Grammys, o líder ucraniano esteve a combater na frente da informação desde as primeiras horas, “desencadeando uma onda de ação que varreu o globo”, refere Felsenthal.

Desde o início da guerra, Zelensky teve uma presença forte junto das Forças Armadas, tendo visitado várias zonas de conflito e localidades libertadas da ocupação russa. Esta terça-feira esteve em Donetsk e Kharkiv, onde condecorou os militares ucranianos pelo papel na defesa do país.

Zelensky visita a frente de batalha no Dia das Forças Armadas da Ucrânia

Se Volodomyr Zelensky ocupa a posição principal na capa da revista, pois “encarna a resistência” de toda uma nação, não está sozinho na distinção. A Time decidiu destacar igualmente a resiliência ucraniana numa guerra que se prolonga há 287 dias e que marca 10 meses na véspera do Natal, a 24 de dezembro.

Além da Time, que no ano passado tinha distinguido o empresário Elon Musk, também o Financial Times nomeou Zelensky como a “Personalidade do Ano”. Em entrevista ao jornal britânico no inicio da semana, Zelensky amitiu que, apesar do “mal absoluto” que a invasão russa representa, consegue ter alguns momentos de humor. “Se às vezes não sorrirmos por causa destas pessoas, entramos em depressão, e não podemos tomar decisões se estivermos deprimidos”, afirmou.

Volodymyr Zelensky: “Sou mais responsável do que sou corajoso… Odeio desiludir as pessoas”