A Casa Branca acusou esta sexta-feira a Rússia de tentar destabilizar a Moldávia, país de língua romena da ex-União Soviética, inclusive através de manifestações, com o objetivo de nele instalar um Governo simpatizante da sua causa.

“Pensamos que a Rússia está a tentar enfraquecer o Governo da Moldávia, certamente com o objetivo final de ter uma administração mais favorável” na liderança do país, afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

A Moldávia, antiga zona de influência da Rússia, é agora dirigida por autoridades assumidamente pró-europeias, tal como a vizinha Ucrânia, que combate há mais de um ano a invasão do seu território por tropas russas.

A União Europeia concedeu em junho o estatuto de candidatos à adesão ao bloco comunitário tanto à Ucrânia como à Moldávia.

Washington considera que Moscovo está a tentar destabilizar a Transnístria, região separatista pró-russa da Moldávia.

Situado junto à fronteira com a Ucrânia, aquele território, que proclamou a sua independência mas não é reconhecido por qualquer Estado, assegurou na quinta-feira ter impedido um atentado contra os seus dirigentes, imputado a Kiev — acusação prontamente rejeitada pela Ucrânia.

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“Atores russos, alguns dos quais ligados aos serviços secretos russos, estão a procurar orquestrar manifestações na Moldávia e usá-las para fomentar uma insurreição contra o Governo moldávio“, revelou Kirby.

“Confiamos nas instituições democráticas e económicas moldávias e na sua capacidade para responder a estas ameaças e, é claro, continuaremos a fornecer-lhes um forte apoio”, acrescentou.

Os Estados Unidos reforçaram a sua partilha de informações com os líderes moldávios sobre as atividades russas na Moldávia, para que “eles possam investigar mais” e “frustrar os planos russos”, sublinhou Kirby.