Os adeptos do Al-Ittihad chamaram por Messi quando era Cristiano Ronaldo que estava em campo a representar o Al Nassr. Uma vez, duas vezes, várias vezes, demasiadas vezes. Os cânticos surgiram em forma de provocação mas demonstram que a rivalidade entre o argentino e o português chegou à Arábia Saudita (e não passa em nada ao lado do português). A motivação parece ser que dois dos melhores jogadores do mundo estejam de novo no mesmo campeonato, com a possibilidade de se defrontarem in loco. Seria a cereja no topo do bolo para os sauditas, que mantêm intenção de atrair atenções por via do desporto.

As ligações de Lionel Messi à Arábia Saudita começaram no ano passado, quando se tornou embaixador do turismo. O pai de Jorge, que também é agente do jogador, visitou o país do Médio Oriente e o filho prepara-se para fazer o mesmo – pela terceira vez em menos de um ano – ainda este mês. As ligações políticas ao país não são irrelevantes quando se fala na possível chegada do sete vezes Bola de Ouro, uma vez que as forças estatais parecem estar dispostas a aumentar o limite salarial dos clubes para que Messi possa jogar na Arábia Saudita.

Segundo revela jornal Marca, Messi tem em cima da mesa um contrato de 220 milhões de euros ao ano para jogar na Arábia Saudita – o mesmo valor que Cristiano Ronaldo aufere – e, ao mesmo tempo, reforçar o seu papel na divulgação do país ao lado do adversário português. Caso a mudança se confirme e o número 10 acabe por não renovar o contrato com o PSG que acaba no final da temporada, o argentino vai passar a representar o Al Hilal, clube de Riade, rival do Al Nassr, onde atua o avançado português. O Al Hilal termina no verão um período em que esteve suspenso de fazer transferências e que fez com que tivesse de sair da corrida do antigo jogador do Manchester United após fazerem a primeira oferta.

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Lionel Messi e Cristiano Ronaldo defrontaram-se numa partida amigável entre PSG e um combinado de jogadores do Al Nassr e do Al Hilal, naquele que foi o primeiro encontro do português em solo saudita. Nos dias seguintes à contratação de Ronaldo, o Al Hilal colocou à venda camisolas com o nome do argentino.

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Depois de ter sido eliminado pelo Bayern, o PSG, atual equipa de Messi, voltou a falhar a conquista da Liga dos Campeões, competição em que tem apostado nos últimos anos. O valor do jogador de 35 anos na Europa não é desconsiderado pelos grandes clubes do futebol europeu. O Barcelona continua atento ao possível regresso do jogador que ajudou os blaugrana a vencerem quatro Ligas dos Campeões.

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Numa ótica emocional e não competitiva ou monetária, um final de carreira no clube de infância, o Newell’s Old Boys, da Argentina, é outra das opções para Messi. No entanto, na cidade de Rosário, a violência prolifera com o desenvolvimento do tráfico de droga. O supermercado da mulher de Messi, Antonella Roccuzzo, foi alvejado com 14 tiros, no início do mês, sendo que os dois motards que realizaram o ataque deixaram uma mensagem: “Messi, estamos à tua espera”. O tom não soa a convite para o regresso e visava a obtenção de dinheiro por parte dos traficantes. A cidade é considerada a mais perigosa da Argentina.