As Forças Armadas ucranianas despromoveram o tenente-coronel Kupol, que confessou ao jornal norte-americano The Washington Post que existia uma perda de alento no seio das tropas da Ucrânia.
Em declarações ao Ukrainska Pravda, Valentyn Shevchenko, porta-voz da Força Aérea ucraniana, adiantou que, após uma “investigação interna” motivada pela “divulgação de informações falsas”, “foi estabelecido que o militar violou um número de diretrizes no que diz respeito à comunicação e à divulgação de informações que constituem um segredo de Estado”.
O tenente-coronel Kupol foi por isso despromovido, deixando de estar à frente de um batalhão pertencente à Força Aérea. Foi agora transferido para um centro de treinos, não se sabendo ao certo, contudo, qual será as funções que vai passar a desempenhar.
Por seu turno, o porta-voz da Força Aérea acrescenta que, “de acordo com os standards dos exércitos da NATO que foram implementados nas forças armadas ucranianas”, tem de existir uma “permissão do comandante” para que os militares possam falar com os meios de comunicação sociais. De acordo com Valentyn Shevchenko, essa autorização nunca chegou — e Kupol desautorizou a ordem de comando.
O tenente-coronel que lidera a 46ª brigada de assalto aéreo lamentou, ao jornal norte-americano, haver “poucos soldados com experiência de combate” nas tropas ucranianas: “Infelizmente, morreram todos – ou ficaram feridos”.
Kupol sinalizou que “a coisa mais valiosa que existe é experiência de combate, um soldado que já sobreviveu a seis meses de combate e um soldado que acabou de chegar vindo de uns treinos num campo de tiro são dois soldados totalmente diferentes – são a noite e o dia”.