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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a pedir, esta quarta-feira, aos líderes europeus o fornecimento de mísseis de longo alcance e aviões de combate modernos, numa intervenção por videoconferência no Conselho Europeu em que apelou a novas sanções a Moscovo.

Numa intervenção por videoconferência feita a partir de um comboio, na Ucrânia — e, entretanto, interrompida — Zelensky alertou os líderes da União Europeia (UE), reunidos em cimeira, em Bruxelas, para o risco de a guerra se prolongar, se não forem fornecidos mísseis de longo alcance e aviões de combate modernos.

Na intervenção, feita quando regressava de uma viagem à frente de combate em Kherson, agradeceu a ajuda militar já enviada desde o início da agressão russa, em 24 de fevereiro de 2022.

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Volodymyr Zelensky visita região de Kherson

O líder ucraniano apelou ainda à adoção de novas sanções à Rússia (Bruxelas vai já no 10.º pacote de medidas restritivas), avanços nas negociações de adesão da Ucrânia à UE e progressos no processo de paz.

Vários Estados-membros temem entregar a Kiev armamento que possa provocar uma escalada no conflito, apesar de a UE reconhecer que a Ucrânia tem direito a defender-se. Entretanto, a Eslováquia já enviou quatro caças MIG-29 e a Polónia prometeu-se a entregar outros tantos. Já esta semana, o Conselho da UE aprovou o financiamento de dois milhões de euros para a compra comum de munições de artilharia à Ucrânia.

Já de regresso à capital ucraniana, o Presidente Volodymyr Zelensky denunciou a destruição provocada pelos ataques russos. “No território livre da região de Kherson mais de 50 localidades foram quase completamente destruídas pelos invasores. Em alguns sítios, mais de 90% dos edifícios estão em ruínas”, revelou no habitual discurso.

O líder ucraniano revelou que as forças russas voltaram a bombardear a região de Kherson, atingindo em Beryslav a administração local, casas e até um museu. “Até o museu histórico de Beryslav é uma ameaça para a Rússia, por alguma razão”, afirmou.