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O Governo da Hungria admitiu esta sexta-feira que está a atrasar a ratificação da adesão da Suécia à NATO em retaliação a declarações políticas feitas no passado por membros do atual executivo sueco.

O principal conselheiro político do chefe do Governo húngaro, Viktor Orbán, disse que o próprio primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, defendeu em 2021 a suspensão dos fundos europeus à Hungria ao abrigo do mecanismo de condicionalidade.

O primeiro-ministro sueco exigiu, na quinta-feira, uma explicação pública do executivo da Hungria sobre o atraso no processo de ratificação.

Kristersson avisou que vai pedir a Orbán que explique aos chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) a separação entre os processos de ratificação das candidaturas da Suécia e da Finlândia.

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O parlamento húngaro deverá decidir sobre o processo da Finlândia na próxima semana, mas ainda não fixou uma data para discutir a adesão da Suécia

Teoricamente, Budapeste não se opõe à entrada dos dois países nórdicos, mas um documento recente do partido Fidesz, no poder, referiu-se às atuais negociações com a Comissão Europeia para desbloquear a ajuda europeia para justificar o adiamento da votação.

A Suécia e a Finlândia pediram a adesão à NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte) em 29 de junho de 2022, quatro meses depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia.

A Suécia e a Finlândia apresentaram os pedidos de adesão ao mesmo tempo, mas a Finlândia estará um passo à frente, dado que as pretensões suecas ainda não receberam o apoio de Hungria e Turquia, dois dos 30 membros da aliança de defesa.

No caso da Turquia, o Governo exige que a Suécia deixe de apoiar grupos curdos considerados terroristas por Ancara.