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Mikhail Mizintsev foi nomeado vice-ministro da Defesa em setembro do ano passado, mas Putin decidiu colocar um fim ao mandato do homem que é conhecido como o “carniceiro de Mariupol”. A informação foi avançada esta quinta-feira por bloggers militares russos e também pelo jornalista do Telegraph James Kilner, mas o ministério da Defesa do Kremlin ainda não se pronunciou sobre o assunto, nem prestou quaisquer esclarecimentos.
Quem é o “carniceiro de Mariupol”, agora alvo de sanções britânicas?
Os bloggers militares russos, tidos como homens influentes, avançaram as informações e criticaram esta decisão de Moscovo. Alexander Sladkov é um dos exemplos, que destacou a amizade com Mikhail Mizintsev: “Respeito-o muito”.
Até setembro de 2022, Mikhail Mizintsev desempenhava funções como chefe do Centro de Comando Nacional da Defesa e, na altura, o Kremlin referiu que o então responsável pela vice-presidência da Defesa, Dmitri Bulgákov, “foi libertado do seu cargo, por ter recebido outro destino”.
Antes de assumir o cargo, o homem conhecido como “carniceiro de Mariupol” esteve na Síria, em representação do exército russo e terá sido o responsável por delinear os bombardeamentos que dizimaram Aleppo — as bombas de fragmentação e as armas químicas utilizadas provocaram a morte a cerca de 1.700 pessoas.
Kremlin demite o vice-ministro da Defesa, conhecido como “carniceiro de Mariupol”
Aos 59 anos, Mikhail Mizintsev foi o cérebro das operações que determinaram a captura da cidade ucraniana de Mariupol. Um dos ataques considerados mais graves foi num teatro que servia de abrigo a civis e onde estavam muitas crianças. O edifício estava, aliás, identificado como tal, uma vez que tinha a palavra “crianças” no exterior, em russo. Só neste teatro terão morrido cerca de 300 pessoas.
Mas os ataques atribuídos a este homem não ficam por aqui. Também terá sido Mikhail Mizintsev o responsável pelo bombardeamento da maternidade de um hospital pediátrico — onde estavam crianças e mulheres em trabalhos de parto.
