O Ministério dos Negócios Estrangeiros português lamentou esta quarta-feira o tiroteio numa escola em Belgrado, em que nove pessoas morreram, incluindo oito crianças, apresentando as “sinceras condolências às famílias e amigos das vítimas desta tragédia” na Sérvia.

“Foi com grande emoção que tomámos conhecimento do tiroteio na escola Vladislav Ribnikar, em Belgrado. As nossas sinceras condolências às famílias e amigos das vítimas desta tragédia”, destacou o ministério liderado por João Gomes Cravinho, numa nota divulgada na rede social Twitter.

Entre os mortos no tiroteio provocado por um adolescente estão oito crianças e o guarda escolar do estabelecimento de ensino, que fica no centro de Belgrado.

As autoridades disseram ainda que seis crianças e um professor ficaram feridos no ataque e foram hospitalizados.

O adolescente responsável pelo tiroteio tinha uma lista de alvos a abater e esboços das salas de aula, declarou a polícia da Sérvia.

O oficial da polícia Veselin Milic declarou que o atirador desenhou esboços das salas de aula da escola do ensino básico Vladislav Ribnikar e escreveu uma lista de pessoas que pretendia “abater” no ataque, que teria sido planeado durante um mês.

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Milic disse que o adolescente Kosta Kecmanovic, que era aluno do sétimo ano na escola, ligou pessoalmente para a polícia quando terminou o ataque.

Kosta Kecmanovic — nascido em 2009 — foi detido pela polícia na escola, que tem alunos entre os seis e 15 anos. O ensino básico na Sérvia é composto por oito anos de escolaridade.

A polícia acrescentou que o atacante aparentemente disparou vários tiros, com a arma do seu pai, contra outros alunos e o guarda que fazia a segurança da escola.

As autoridades receberam uma chamada telefónica a propósito de um tiroteio na escola Vladislav Ribnikar, por volta das 08h40, horário local (07h40 em Lisboa), referiram as autoridades policiais, que isolaram os quarteirões em redor.

Tiroteios em massa na Sérvia são extremamente raros, mas ainda permanecem no país muitas armas utilizadas nas guerras da década de 1990, que se seguiram à desintegração da Jugoslávia. Nos últimos anos, não há registo de qualquer tiroteio em escolas.

Em 2013, um veterano da guerra dos Balcãs matou 13 pessoas numa vila no centro da Sérvia.