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Ao 466.º dia de guerra na Ucrânia, a região russa de Belgorod esteve no centro das atenções. Os ataques à cidade continuaram e mais de 4 mil pessoas foram transferidas para alojamentos temporários.
Uma milícia anti-Kremlin anunciou que fez dois soldados russos reféns e exigiu um encontro com o governador de Belgorod. Vyacheslav Gladkov gravou um vídeo em que concordava com o encontro proposto pela milícia, mas apenas se os reféns estivessem vivos. Gladkov não compareceu ao encontro e a milícia disse que pretende entregar os soldados à Ucrânia.
Este domingo, tanto o Presidente ucraniano como a primeira-dama assinalaram o Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão. Trata-se de uma data criada pelas Nações Unidas, que é assinalada anualmente a 4 de junho para lembrar as crianças que são vítimas de conflitos.
Zelensky revelou que já morreram 485 crianças desde o início da invasão russa, mas que o número pode ser ainda maior se se tiver em conta os corpos que ainda podem estar nas aldeias e cidades em ruínas.
Zelensky diz que guerra com a Rússia já matou pelo menos 500 crianças ucranianas
O que aconteceu ao longo do dia?
- A Rússia alegou que a Ucrânia terá lançado uma ofensiva de larga escala, avança a Ria Novosti. “Na manhã de 4 de junho, as Forças Armadas da Ucrânia lançaram uma ofensiva de larga escala em cinco setores na frente do sul de Donestk (…)”, afirmou Igor Konashenkov, ministro da Defesa da Rússia.
- A Legião da Libertação Russa e o Corpo de Voluntários da Rússia exigiram durante a tarde uma reunião com o governador de Belgorod, depois de ser revelado que tinham feito dois soldados reféns. Mas, apesar de o governador ter demonstrado abertura para o encontro, não terá comparecido ao encontro. As milícias querem entregar os soldados à Ucrânia, escreveu a CNN.
- Zelensky anunciou que 485 crianças já morreram desde o início da invasão russa, lamentando que “o terror russo já tenha levado a vida de centenas de crianças” ucranianas.
- Foram detidas 109 pessoas em 23 cidades russas por demonstrações de apoio a Alexei Navalny, que completou este domingo 47 anos. O aniversário foi comemorado na prisão de alta segurança onde está detido, na Rússia.
- O ministro ucraniano das indústrias estratégicas, Oleksandr Kamyshin, disse estar “incrédulo” com o resultado da inspeção feita aos abrigos anti-bomba na Ucrânia. Uma vistoria revelou que, em 4.800 abrigos inspecionados, 20% não estavam em condições de ser usados e 252 estavam fechados.
- “No século XXI, no meio da Europa, somos forçados a falar sobre a necessidade de proteção de crianças da destruição física. O mundo tem de perceber, se é que ainda não percebeu: uma ameaça às nossas crianças é uma ameaça às crianças em geral. A infância não tem fronteiras”, afirmou Olena Zelenska, a primeira-dama da Ucrânia.
- A NATO diz que a Suécia cumpriu as suas obrigações para com a Turquia. Há treze meses que a Turquia bloqueia a entrada da Suécia na Aliança Atlântica, acusando-a de ser um refúgio para ativistas curdos classificados como “terroristas” por Ancara.
- Volodymyr Zelensky já tinha dito que a Ucrânia estava pronta para iniciar a contraofensiva, mas não disse quando ao certo isso acontecerá. Um vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa do país adensou o mistério, com a frase “os planos gostam do silêncio”.
- Foram abatidos cinco drones na Crimeia, indicou este domingo Serguey Aksyonov, líder pró-russo da península ucraniana.
- Os ataques continuaram em Belgorod, na Rússia. O governador Vyacheslav Gladkov acusou os grupos ucranianos de continuarem a atacar a região.
- Uma criança de dois anos morreu e 22 pessoas ficaram feridas em Dnipro, no sudeste da Ucrânia.
- O Washington Post avançou que os soldados russos anti-Moscovo que estão a lançar ataques na região de Belgorod usaram pelo menos quatro veículos cedidos originalmente à Ucrânia pelos EUA e pela Polónia.
Ucrânia confirma que “está a avançar com ações ofensivas em várias zonas”
(Atualizada às 00h02)