A Câmara Municipal de Lisboa (CML) diz que “não vai fazer obras para tapar o Monumento de Evocação do 25 de Abril”, uma estátua do escultor João Cutileiro, que no final dos anos 90 gerou polémica pela sua forma fálica.

No fim-de-semana, a SIC Notícias avançou que a estátua, que está no Parque Eduardo VII desde 1997, precisava de restauro urgente, mas negava que houvesse a intenção de esconder a estátua para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e para a visita do Papa Francisco.

À CNN Portugal, fonte da CML explicou de forma mais detalhada em que consiste essa obra de restauração e conservação, que afetará alguns “elementos constituintes da peça”, numa intervenção que será feita por questões de segurança.

Altar-palco no Parque Eduardo VII obriga a retirada provisória de escultura polémica de Cutileiro

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“O monumento é constituído por um obelisco, duas colunas de configuração clássica e um elemento representando um cravo. Estas três últimas peças apresentavam-se em muito mau estado de conservação, com uma multiplicidade de patologias nos materiais pétreos”, disse fonte da CML à CNN Portugal. “Devido à oxidação dos espigões estruturais internos, os elementos que compõem as duas colunas frontais e o cravo encontravam-se profundamente fraturados, com visíveis e perigosas deslocações dos seus componentes.”

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Fonte da autarquia detalhou que “neste momento, essas peças já não estão no local: foram desmontadas, encontram-se em restauro e serão recolocadas conforme o original após a desmontagem do palco“.

E, mais uma vez, é esclarecido que “em nenhum momento foi equacionada a desmontagem do monumento para a instalação do palco da Jornada Mundial da Juventude”.

Nas redes sociais, circularam imagens do Monumento de Evocação do 25 de Abril incompleto, mantendo-se apenas o local o obelisco de forma fálica. Fonte da CML explicou que a intervenção foi feita com o conhecimento da família de Cutileiro.