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Fumos dos incêndios do Canadá já cobrem o continente mas dissipam-se na quinta-feira

Este artigo tem mais de 1 ano

O IPMA informa que, durante as últimas horas, "a nuvem de fumo com origem nos incêndios do Canadá cobriu a totalidade do território continental" e assim continuará até quinta-feira.

Imagens satélite da NASA mostram fumo dos incêndios do Canadá
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Imagens satélite da NASA mostram fumo dos incêndios do Canadá

Imagens satélite da NASA mostram fumo dos incêndios do Canadá

A nuvem de fumo oriunda dos incêndios do Canadá “cobriu a totalidade do território continental”, e vai dissipar-se quinta-feira, intensificando-se a partir de quarta-feira nos Açores e de quinta-feira na Madeira, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

“Durante as últimas horas a nuvem de fumo com origem nos incêndios do Canadá cobriu a totalidade do território continental”, afirma o IPMA num comunicado no site, adiantando que a nuvem de fumo afetará o país até quinta-feira.

As previsões do serviço CAMS (programa Copernicus) apontam para uma intensificação durante o dia desta terça-feira, especialmente na região sul de Portugal Continental. “A nuvem deverá intensificar-se também na região dos Açores a partir de amanhã, dia 28, e na Madeira a partir do dia 29 de junho“, diz ainda.

O IPMA destaca que a nuvem de fumo tem-se mantido em altitude (acima dos 1000 metros) e “deverá dissipar-se” na região de Portugal continental a partir da manhã de quinta-feira, mantendo-se ainda na região dos Açores.

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O instituto vai continuar a acompanhar a situação, podendo emitir uma nova atualização, caso se justifique, conclui.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitiu esta terça-feira um esclarecimento sobre os níveis de partículas em Portugal continental e nos Açores, informando que “não evidenciam ainda” a influência, na superfície, da nuvem de fumo dos fogos no Canadá.

A APA refere que os níveis de partículas medidos face às classes de índice de qualidade do ar mantêm-se no “Bom” e “Muito Bom” em Portugal continental e Açores.

Imagens satélite da NASA mostram que fumo dos incêndios no Canadá já chegou a Portugal

O fumo dos incêndios do Canadá já tinha chegado a Nova Iorque, à Noruega e está agora a sobrevoar Portugal. As imagens de satélite divulgadas pela NASA mostram a chegada do fumo a território nacional, principalmente ao Norte do país, e a Espanha, já depois de ter atingido os Açores.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) explicou, em comunicado, que esta nuvem é “constituída por partículas muito pequenas e por gases (especialmente monóxido de Carbono) resultantes dos incêndios que durante as últimas semanas têm afetado o território do Canadá”.

O IPMA refere que as concentrações destes poluentes são inferiores aos limites legais estabelecidos e justificou que a nuvem “parece estar confinada acima dos 1.100 metros de altitude e, por isso, não deverá afetar as populações abaixo deste nível”.

Efeitos dos incêndios no Canadá ainda sem influência no continente e Açores

Ao longo dos últimos dias começaram a surgir nas redes sociais imagens que demonstram a redução da visibilidade, do brilho do Sol e do tom azul do céu — uma realidade que já tinha sido notada noutros países —, mas agora as imagens satélite da NASA vêm mostrar como é que o fumo está a atingir o território.

Além da NASA, também o programa Copérnico, que monitoriza qualidade do ar, partilhou no Twitter uma publicação onde era possível ver a chegada do fumo à Europa e à Península Ibérica, com um aviso para a qualidade do ar.

“Nas últimas semanas, o Canadá tem sido assolado por incêndios que estão a afetar a qualidade do ar em várias cidades. A previsão do Copérnico para os próximos dias mostra nuvens a mover-se do Quebeque para a Europa através do Atlântico Norte”, lê-se num tweet.

Há 20 dias, a cidade de Nova Iorque, nos EUA, acordou debaixo de um céu cinzento e de um sol alaranjado. A causa deste ambiente pesado são as nuvens de fumo vindas dos incêndios florestais ativos no Canadá, que cobriram uma faixa no leste e norte dos EUA.

O fumo e cinzas, vindos principalmente da Nova Escócia e do Quebec, fizeram soar os alertas de saúde pública norte-americana. Desde 1960 que Nova Iorque não registava um nível tão mau de qualidade de ar — com o índice a atingir os 235, traduzindo-se em “very unhealthy” (muito pouco saudável, em português), segundo o The New York Times —, tornando-se assim na cidade com o ar mais poluído no mundo.

Fumo dos incêndios no Canadá chega aos EUA. Qualidade do ar em Nova Iorque é a pior desde 1960

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