O vulcão mais ativo da Europa entrou novamente em erupção. As imagens que chegam do monte Etna, na Sicília, impressionam e estão já a correr o mundo, após mais uma erupção que iluminou a noite de domingo em Catania, na ilha italiana — e que já está a causar constrangimentos nos aeroportos.

A cinza expelida pelo vulcão obrigou ao encerramento do espaço aéreo na região. “Devido à atividade no Etna, os setores aéreos C1 e B3 estarão fechados, pelo menos, até às 13h00 desta segunda-feira. Todas as chegadas e partidas estão, deste modo, interditas”, informou a gestão do aeroporto de Catania, citado pelo Corriere della Sera.

Alheias aos constrangimentos provocados pela erupção, nas redes sociais vão-se multiplicando as imagens que dão conta da atividade vulcânica da última madrugada. Vários vídeos partilhados em plataformas como o X (antigo Twitter), ilustram bem a luz incandescente da lava que acordou a noite siciliana.

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O Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) de Itália confirmou a atividade, que “se transformou numa fonte de lava” a escorrer para sul da cratera do vulcão a uma altitude de 2.800 metros.

O encerramento do aeroporto coincide com o início tradicional das férias, a 15 de agosto, data que na Itália é popularmente conhecida como “Ferragosto”. A ilha da Sicília é um dos destinos preferidos dos italianos e estrangeiros no verão.

O aeroporto, situado a cerca de 60 quilómetros a sul do vulcão, já tinha suspendido as operações de voo a meio de maio, também devido a uma erupção do Etna, que não provocou feridos.

Etna: uma tempestade num vulcão em erupção

O Monte Etna “tem uma história eruptiva muito longa, que se prolonga há mais de meio milhão de anos, mas só nos últimos cem mil anos é que o vulcão assumiu a forma cónica que o caracteriza atualmente”, segundo o site do INGV.

De acordo com registos históricos, uma das erupções mais greves do Etna, localizado 3.324 metros acima do nível do mar, ocorreu em 1669, e terá provocado cerca de 20 mil mortos.

Em 2022, cerca de 10 milhões de passageiros passaram pelo Aeroporto Internacional Vincenzo Bellini, que serve a parte oriental da Sicília, um dos destinos turísticos mais populares de Itália.