Mais de uma semana depois daquele que foi o incêndio mais mortífero dos últimos 100 anos nos Estados Unidos, 850 pessoas continuam desaparecidas no Havai. O número de mortos encontra-se nos 114.
Segundo a Sky News, o governador do arquipélago norte-americano, Richard Bissen, afirmou estar “simultaneamente triste e aliviado com estes números”. Antes das buscas nas últimas semanas, o governador temia que mais de 2000 pessoas estivessem desaparecidas, mas foram encontradas 1285 em segurança.
Esta segunda-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, e a primeira dama devem chegar à ilha de Maui, um dos epicentros dos incêndios no arquipélago do Havai, para avaliar pessoalmente as consequências da tragédia e “discutir os próximos passos nas operações de socorro”.
Joe Biden visita Havai na segunda-feira para avaliar pessoalmente “as consequências dos incêndios”
É expectável que o número de mortos continue a aumentar, no entanto, a identificação dos cadáveres tem apresentado dificuldades. O último balanço indica que de 106 mortos apenas cinco foram identificados.
Como explica a Associated Press, este é um processo meticuloso que, apesar dos avanços na tecnologia de ADN, leva tempo até reunir as informações necessárias para obter uma correspondência — quando se chega a ter uma.
Os restos mortais são identificados através de dentes, próteses, implantes cirúrgicos, tatuagens, impressões digitais ou outras marcas corporais podem revelar a identidade de uma pessoa. No entanto, o calor e a força de um incêndio podem destruir estes registos, deixando os corpos demasiado danificados para a extração de ADN.
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“O que normalmente se espera de um incêndio florestal é que haja uma série de situações e que algumas sejam bastante simples e outras mais difíceis”, explicou Richard Selden, cientista chefe da ANDE Corp, empresa de identificação de ADN.
De forma a tornar o processo mais rápido, Selden afirma que há algo que as pessoas podem fazer para ajudar: “Os seus familiares próximos devem doar as suas amostras de saliva extraída da bochecha”. Para tal, a Cruz Vermelha norte-americana está a trabalhar com as autoridades para recolher as amostras dos familiares das vítimas dos incêndios.