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O Presidente norte-americano, Joe Biden, garantiu, este domingo, que os Estados Unidos não vão abandonar a Ucrânia no seu esforço de resistência contra a invasão russa.
Quero dizer aos nossos aliados, ao povo americano e ao povo da Ucrânia, que podem contar com o nosso apoio. Não abandonaremos a Ucrânia”, garantiu o Presidente norte-americano durante um discurso televisionado.
As declarações de Joe Biden acontecem depois de a Ucrânia ter anunciado domingo que está a analisar com a Casa Branca a situação criada pelo Congresso norte-americano que, para evitar a paralisação do governo, aprovou uma lei de financiamento temporário que não inclui novas ajudas a Kiev.
Câmara de Representantes dos EUA passa lei que financia governo por mais 45 dias
O governo ucraniano está a trabalhar ativamente com os seus aliados americanos para garantir que a nova decisão sobre o orçamento dos EUA, que será tomada nos próximos 45 dias, incluirá novos fundos para ajudar a Ucrânia”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Oleg Nikolenko.
“Esta situação não impedirá que o fluxo de ajuda continue a chegar à Ucrânia”, garantiu o porta-voz.
Também o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, escreveu domingo nas redes sociais que conversou com seu homólogo norte-americano, Lloyd Austin, para discutir a continuação da ajuda militar americana.
Thank you @SecDef for support. Had a phone conversation today with my US colleague to discuss further military assistance from US.
Secretary Austin assured me that ???????? support to ???????? will continue.
???????? warriors will continue to have a strong back-up on the battlefield. pic.twitter.com/kLdmwWEYUd— Rustem Umerov (@rustem_umerov) October 1, 2023
“O secretário Austin garantiu-me que o apoio dos EUA à Ucrânia continuará. Os combatentes ucranianos continuarão a ter um forte apoio no campo de batalha”, assegurou o ministro.
“Farto e cansado”, Biden pede a republicanos no Congresso que aprovem apoio à Ucrânia
“Não podemos, em circunstância alguma, permitir que o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia seja interrompido. Espero que o Presidente da Câmara mantenha o seu compromisso de garantir a aprovação e o apoio necessário para ajudar a Ucrânia a defender-se da agressão e da brutalidade”, disse este domingo à tarde Joe Biden aos jornalistas na Casa Branca, numa referência ao acordo.
“A guerra tem de acabar. E não deve haver outra … crise”, disse o Presidente americano, assumidamente “farto e cansado” da disputa que se arrastou ao longo das últimas semanas entre republicanos e democratas e no sábado chegou finalmente ao fim.
“Peço encarecidamente aos meus amigos republicanos no Congresso que não esperem. Não percam tempo como fizeram durante todo o verão. Aprovem um acordo orçamental para um ano. Honrem o acordo que fizemos há alguns meses”, pediu Biden, recordando o compromisso assumido pelos republicanos de fazerem aprovar a ajuda prometida pelos EUA à Ucrânia, numa votação separada.
Os Estados Unidos foram o país que mais ajudou Kiev, com a disponibilização de cerca de 100 mil milhões de euros em ajuda civil e militar, desde Fevereiro de 2022, data de início da invasão russa.
Para evitar a paralisação do funcionamento dos serviços federais, a Câmara de Representantes passou nas últimas horas uma lei que foi aprovada pelo Senado e enviada para o Presidente Joe Biden com uma solução de emergência, que permite o financiamento do Governo por mais 45 dias, até que uma solução mais duradoura permita aumentar os limites do défice.
A medida de emergência adotada pelo Congresso dos EUA, no entanto, exclui a ajuda à Ucrânia em guerra, solicitada pela Casa Branca.
Os congressistas vão agora ponderar um projeto de lei separado de 24 mil milhões de dólares em ajuda militar e humanitária à Ucrânia, que Joe Biden queria ver incluído no orçamento e que pode vir a ser votado nos próximos dias.