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O Presidente norte-americano, Joe Biden, garantiu, este domingo, que os Estados Unidos não vão abandonar a Ucrânia no seu esforço de resistência contra a invasão russa.

Quero dizer aos nossos aliados, ao povo americano e ao povo da Ucrânia, que podem contar com o nosso apoio. Não abandonaremos a Ucrânia”, garantiu o Presidente norte-americano durante um discurso televisionado.

As declarações de Joe Biden acontecem depois de a Ucrânia ter anunciado domingo que está a analisar com a Casa Branca a situação criada pelo Congresso norte-americano que, para evitar a paralisação do governo, aprovou uma lei de financiamento temporário que não inclui novas ajudas a Kiev.

Câmara de Representantes dos EUA passa lei que financia governo por mais 45 dias

O governo ucraniano está a trabalhar ativamente com os seus aliados americanos para garantir que a nova decisão sobre o orçamento dos EUA, que será tomada nos próximos 45 dias, incluirá novos fundos para ajudar a Ucrânia”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Oleg Nikolenko.

“Esta situação não impedirá que o fluxo de ajuda continue a chegar à Ucrânia”, garantiu o porta-voz.

Também o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, escreveu domingo nas redes sociais que conversou com seu homólogo norte-americano, Lloyd Austin, para discutir a continuação da ajuda militar americana.

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“O secretário Austin garantiu-me que o apoio dos EUA à Ucrânia continuará. Os combatentes ucranianos continuarão a ter um forte apoio no campo de batalha”, assegurou o ministro.

“Farto e cansado”, Biden pede a republicanos no Congresso que aprovem apoio à Ucrânia

“Não podemos, em circunstância alguma, permitir que o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia seja interrompido. Espero que o Presidente da Câmara mantenha o seu compromisso de garantir a aprovação e o apoio necessário para ajudar a Ucrânia a defender-se da agressão e da brutalidade”, disse este domingo à tarde Joe Biden aos jornalistas na Casa Branca, numa referência ao acordo.

“A guerra tem de acabar. E não deve haver outra … crise”, disse o Presidente americano, assumidamente “farto e cansado” da disputa que se arrastou ao longo das últimas semanas entre republicanos e democratas e no sábado chegou finalmente ao fim.

“Peço encarecidamente aos meus amigos republicanos no Congresso que não esperem. Não percam tempo como fizeram durante todo o verão. Aprovem um acordo orçamental para um ano. Honrem o acordo que fizemos há alguns meses”, pediu Biden, recordando o compromisso assumido pelos republicanos de fazerem aprovar a ajuda prometida pelos EUA à Ucrânia, numa votação separada.

Os Estados Unidos foram o país que mais ajudou Kiev, com a disponibilização de cerca de 100 mil milhões de euros em ajuda civil e militar, desde Fevereiro de 2022, data de início da invasão russa.

Para evitar a paralisação do funcionamento dos serviços federais, a Câmara de Representantes passou nas últimas horas uma lei que foi aprovada pelo Senado e enviada para o Presidente Joe Biden com uma solução de emergência, que permite o financiamento do Governo por mais 45 dias, até que uma solução mais duradoura permita aumentar os limites do défice.

A medida de emergência adotada pelo Congresso dos EUA, no entanto, exclui a ajuda à Ucrânia em guerra, solicitada pela Casa Branca.

Os congressistas vão agora ponderar um projeto de lei separado de 24 mil milhões de dólares em ajuda militar e humanitária à Ucrânia, que Joe Biden queria ver incluído no orçamento e que pode vir a ser votado nos próximos dias.