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As Forças de Defesa de Israel divulgaram esta segunda-feira uma compilação de cerca de 44 minutos que o exército garante ter sido recolhido durante a investigação dos ataques do Hamas de 7 de outubro. As imagens foram recolhidas de câmaras corporais dos atacantes do grupo terrorista, câmaras de videoviligância, câmaras no trânsito , circuitos fechados de TV, telemóveis e redes sociais das vítimas, soldados e profissionais de saúde das urgências.

Segundo as IDF, citadas pelo The Guardian, dúzias de jornalistas estrangeiros assistiram à compilação, mas não lhes foi permitido recolher imagens, sendo apenas autorizado que tornassem público um excerto de cerca de um minuto, a que o Observador teve acesso. Nele, podem ver-se soldados do Hamas a disparar sobre vários veículos numa estrada rural.

No bloco de quase 44 minutos, os jornalistas presentes dizem ter visto soldados sem cabeça, mulheres brutalizadas, uma delas nua, um bebé morto e cujo corpo apresentava sinais de violência, adultos com ossos partidos e torcidos em ângulos descritos como impossíveis. De acordo com o The Guardian, alguns repórteres choraram durante a exibição.

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Uma das filmagens, relatada pelo The New York Times, mostra um pai e dois filhos, vestidos apenas com roupa interior, a correrem para um abrigo ao som das sirenes. Um atacante atira uma granada para o esconderijo, matando o pai. Os rapazes correm de volta para casa. Um deles diz que não consegue ver. O outro chora: “Porque é que estou vivo?”

Um militante do Hamas usou uma ferramenta agrícola para decapitar uma vítima deitada no chão. Noutra cena, os terroristas entram numa casa e falam com uma menina, que se estima que tenha entre 7 a 9 anos, escondida debaixo de um mesa. Depois de falarem algum tempo com ela, matam-na a tiro.

Numa outra povoação, um dos terroristas usa o telefone de uma vítima para ligar para os pais. “Matei 10 judeus com as minhas mãos”, anuncia. “Mãe, o teu filho é um herói. Estou a usar o telefone da judia morta para vos ligar.”

Uma israelita, noutro excerto, inspeciona o cadáver queimado de uma mulher para o identificar. A vítima tinha o vestido puxado acima da cintura e a roupa interior tinha-lhe sido retirada. De acordo com as conclusões da investigação, mostrava evidências de violação.

As imagens foram divulgadas para desmentir o que o governo israelita refere como tentativas de minimizar a extensão das atrocidades cometidas pelo Hamas. “O que aconteceu em Israel não foi apenas um crime de guerra, mas sim um crime contra a humanidade”, sublinhou o porta-voz do exército, Daniel Hagari.