Os presidentes do Quénia, William Ruto, e da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, reuniram-se no domingo em Nairobi e concordaram em impulsionar as relações bilaterais em áreas como o comércio e as energias renováveis, revelou esta segunda-feira o líder africano.

“Concordámos em expandir os nossos laços em matéria de energias renováveis, comércio, investimento e educação”, afirmou Ruto na rede social X (antiga Twitter).

Ruto e Lukashenko, que chegou à capital queniana no domingo para uma visita de trabalho, reuniram-se na mesma noite na State House, a sede da Presidência queniana.

“Existem imensas oportunidades entre o Quénia e a Bielorrússia que devem ser aproveitadas para a prosperidade dos dois países. O Quénia está particularmente interessado em tirar partido da tecnologia agrícola avançada do país da Europa Oriental para aumentar a produtividade”, acrescentou Ruto.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Lukashenko chegou ao Quénia vindo da Guiné Equatorial, onde se reuniu no sábado com o Presidente deste país, Teodoro Obiang, para analisar a cooperação bilateral, que “está na sua fase de consolidação”, segundo o governo da antiga colónia espanhola.

Ruto e o seu homólogo bielorrusso já se tinham reunido no Dubai, no primeiro dia da Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP28).

“Poderíamos elaborar alguns planos para a nossa cooperação e, ao mesmo tempo, perceber o que eles precisam de nós. E nós poderíamos olhar para o vosso país e determinar as nossas necessidades”, disse então Lukashenko.

A Bielorrússia, um forte aliado da Rússia, está à procura de parceiros em África para contrariar o seu isolamento internacional devido ao apoio à invasão russa da Ucrânia e à repressão que impôs à oposição bielorrussa.

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, visitou o Quénia, a potência económica da África Oriental, em maio.

Moscovo e Kiev estão a tentar aumentar a sua influência no continente africano.

Em fevereiro, 22 dos 54 Estados membros da União Africana abstiveram-se ou não participaram na votação da última resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, que apelava à Rússia para retirar as suas forças da Ucrânia.